Distúrbios alimentares são transtornos sérios de saúde mental que afetam milhões de pessoas em todo o mundo, especialmente jovens influenciadas por padrões estéticos irreais e cobranças sociais intensas.
A busca por um corpo idealizado, frequentemente incentivada por programas de TV, redes sociais e padrões midiáticos, pode levar a consequências devastadoras.
Nesse contexto, a morte precoce da influenciadora turca Nihal Candan, aos 30 anos, reacendeu um alerta internacional sobre os perigos da anorexia nervosa. Nihal ficou conhecida nacionalmente ao participar do reality show de moda “Bu Tarz Benim”, ganhando notoriedade como influenciadora digital.
Nos últimos dois anos, entretanto, ela enfrentou uma rápida e acentuada perda de peso, chegando a pesar apenas 22,5 quilos antes de falecer em decorrência de complicações causadas pela doença.
Internada em estado crítico, ela não resistiu após sofrer uma parada cardíaca. Segundo os médicos responsáveis, seu estado era tão grave que decisões sobre o tratamento passaram a ser tomadas por um tutor legal, uma vez que ela já não tinha condições de decidir por si.
Sua irmã, Bahar, foi quem tornou pública a gravidade da situação dias antes da morte, em um apelo emocionado nas redes sociais, onde relatou o quão grave era o estado da influencer.
Após o falecimento, a comoção entre seguidores e admiradores de Nihal foi imediata, gerando uma série de homenagens online que destacavam sua juventude, carisma e o impacto de sua trajetória.
A repercussão do caso levou a Federação das Associações de Mulheres da Turquia a se manifestar publicamente. A entidade denunciou a pressão estética imposta às mulheres como um fator potencialmente letal, que transforma corpos femininos em mercadorias e estimula comportamentos autodestrutivos.
Para a organização, a morte de Nihal não é um caso isolado, mas sim o reflexo de uma sociedade que impõe padrões inalcançáveis e naturaliza a exigência da beleza extrema como uma condição para o sucesso.
Esse episódio triste levanta discussões urgentes sobre saúde mental, responsabilidade da mídia e a necessidade de apoio institucional para pessoas que sofrem com distúrbios alimentares.
https://www.instagram.com/p/DKo5BOvCt4i/
Mais do que um caso de comoção, trata-se de um alerta sobre os perigos reais de um ideal de beleza distorcido e da urgência em promover acolhimento, educação e cuidado psicológico.
