O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abordou publicamente, pela primeira vez, a trama golpista descoberta no início da semana, em operação da Polícia Federal. Durante cerimônia no Palácio do Planalto, Lula demonstrou gratidão por estar vivo após o desmantelamento de um plano que visava assassiná-lo, assim como o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Em um discurso carregado de emoção, Lula destacou a gravidade da situação e reforçou o compromisso com a defesa da democracia. A conspiração, que envolvia militares do Exército e outros aliados, foi descoberta após investigações que resultaram em uma série de prisões.
A operação revelou um esquema para desestabilizar o governo por meio de um golpe de Estado, expondo um nível alarmante de organização e objetivos. Lula enfatizou a importância de permanecer vigilante diante de ameaças à ordem democrática e destacou o papel das instituições na preservação da estabilidade política do país.
Na sequência dos acontecimentos, a Polícia Federal anunciou que enviará ao STF nesta quinta-feira (21) o relatório completo do inquérito. Com mais de 700 páginas, o documento traz indícios contra cerca de 40 suspeitos, incluindo figuras de alto escalão, como o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro Braga Netto, o general Augusto Heleno e o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem.
Após a análise inicial do relator Alexandre de Moraes, caberá à Procuradoria Geral da República (PGR) decidir os próximos passos, como denúncias formais ou pedidos de arquivamento.
Este episódio representa um marco na luta contra movimentos antidemocráticos no Brasil. A resposta das autoridades à trama golpista reforça o papel das instituições no combate a ameaças graves à segurança pública e política.
O caso também reacende debates sobre os riscos de discursos extremistas e a importância de fortalecer a confiança na democracia para evitar novos episódios semelhantes.