O que deveria ser um simples passeio se transformou em momentos de terror para Lizandra Silva, de 26 anos, e sua filha Pérola, de apenas 2 anos. As duas foram atingidas por um ônibus enquanto caminhavam em uma rua de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, em um incidente registrado por câmeras de segurança no início de janeiro.
A jovem mãe enfrentava uma situação comum nas cidades brasileiras: uma calçada obstruída por entulhos de obra e um buraco no caminho. Sem alternativa, precisou desviar para a rua, decisão que culminou no acidente que poderia ter terminado em tragédia. O caso ganhou repercussão após denúncia do pai de Lizandra.
O impacto do acidente, embora assustador, resultou apenas em ferimentos leves. Lizandra sofreu arranhões no braço, enquanto sua filha teve apenas um pequeno machucado na testa. Testemunhas prontamente acionaram uma ambulância, e ambas receberam atendimento médico, sendo liberadas no mesmo dia.
Ao relembrar o ocorrido, Lizandra revelou que a gravidade da situação só ficou clara quando assistiu às imagens do acidente: “A ficha caiu na hora em que vi o vídeo, antes estava em estado de choque. Pra mim, na hora, não havia sido nada, depois quando vi [o vídeo] que voltei à realidade”.
As sequelas físicas persistem, com Lizandra relatando dores contínuas nas costas e pernas. Porém, são as marcas emocionais que mais preocupam a família. A pequena Pérola desenvolveu medo de carros, demonstrando sobressalto toda vez que avista um veículo nas ruas.
A empresa responsável pelo ônibus manifestou pesar pelo ocorrido e informou medidas corretivas, determinando que o motorista envolvido realize novo treinamento em direção defensiva. A prefeitura local também se pronunciou, prometendo enviar uma equipe técnica para avaliar as condições da via.
O trauma do acidente permanece vivo para Lizandra, que revive a experiência toda vez que passa pelo local do incidente. No entanto, em meio ao susto e às dificuldades enfrentadas, ela mantém uma perspectiva positiva e gratidão pela sobrevivência de ambas.
“Agradeço a Deus pela oportunidade, foi um livramento para mim e para minha filha. É como se eu tivesse nascido de novo”, compartilhou Lizandra, expressando um sentimento de renascimento após a experiência traumática que, felizmente, não teve consequências mais graves.
