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Erro em aplicação estética deixa professora com infecção e olhos inchados: “Eu poderia estar cega”

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Marina desenvolveu uma grave infecção após aplicação de ácido hialurônico nas olheiras

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O que era para ser um procedimento estético simples virou um completo pesadelo para a professora Marina Marques, de 29 anos, moradora de Unaí, em Minas Gerais. Após aplicar ácido hialurônico nas olheiras, ela desenvolveu uma infecção severa na região dos olhos

Marina buscava uma solução para as olheiras que, segundo ela, ficaram mais evidentes após a maternidade. Mãe de um bebê de cinco meses, sentia-se incomodada com a profundidade e a coloração escura sob os olhos.

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“[As olheiras] tinham uma leve profundidade e, eu fui mãe recentemente, e isso começou a me incomodar mais ainda porque começou a ficar mais pigmentado. Eu já tinha feito uma aplicação uma vez, há mais ou menos 1 ano e meio. E aí, eu decidi fazer novamente, mas desta vez com outra pessoa”, explicou em entrevista ao Terra.

A nova aplicação aconteceu no início do mês, por indicação de uma amiga. A profissional sugeriu o uso de ácido hialurônico para tratar tanto a pigmentação quanto a profundidade das olheiras. O procedimento foi realizado numa sexta-feira à noite.

“No outro dia, quando eu acordei, meu olho estava enorme. Parecendo que eu tinha sido picada por algum bicho, alguma abelha, um maribondo”, relembrou Marina.

Ao relatar os sintomas, foi tranquilizada pela profissional, que alegou tratar-se de uma reação comum. Marina, acreditando que se tratava de algo leve, compartilhou um vídeo nas redes sociais relatando a experiência.

“Gravei com o meu filho no colo, contando que tive uma reação alérgica porque, até então, acreditava ser uma reação alérgica. Foi o que ela tinha me falado, e decidi confiar nela. E o vídeo viralizou”, disse. A publicação no TikTok teve mais de 700 mil visualizações.

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Nos comentários, diversos usuários alertaram que aquela resposta ao produto não era comum. A reação intensa preocupou Marina, mas mesmo após dez dias, o inchaço persistia. A profissional continuava a afirmar que se tratava de uma reação esperada e se recusou a remover o produto sem cobrança adicional.

Diante da situação, Marina procurou uma segunda opinião. Um biomédico realizou uma ordenha na região e logo constatou que havia uma infecção. Ele também aplicou hialuronidase, uma enzima que quebra o ácido hialurônico.

A situação exigiu ainda exames complementares. Marina iniciou um novo tratamento com medicamentos e repetidas aplicações de hialuronidase para tentar remover completamente a substância do rosto.

Apesar de ter recebido o reembolso pelo valor pago, Marina não obteve mais apoio da profissional, que afirmou não ter condições de cobrir os demais custos médicos. A professora decidiu buscar seus direitos e registrou uma denúncia na Polícia Civil.

O episódio vivido por Marina é um alerta sobre os cuidados necessários antes de realizar qualquer procedimento estético. Escolher um profissional capacitado e certificar-se da qualidade dos produtos pode ser decisivo para a segurança e o bem-estar do paciente.

Sobre o Autor

VANESSA B

Escreve de tudo um pouco: notícias do dia, curiosidades, ciências... basta ter um bom café pra animar a prosa.