A morte de Sammy Basso, italiano que convivia com a rara síndrome de Hutchinson-Gilford, também conhecida como progéria, marcou o fim de uma história de superação e ativismo.
Aos 28 anos, ele desafiou as expectativas de vida estabelecidas para a doença, cuja média é de apenas 13 anos. A progéria é uma condição genética extremamente rara que provoca envelhecimento precoce, afetando cerca de uma em cada 8 milhões de pessoas no mundo.
Basso se destacou não apenas por sua luta pessoal contra a síndrome, mas também por seu ativismo. Ele fundou a Associação Italiana de Progéria Sammy Basso APS Onlus, com o objetivo de promover estudos científicos e aumentar a conscientização sobre a condição.
A organização ressalta que muitos dos bebês nascem aparentemente saudáveis, mas os primeiros sinais começam a surgir logo no primeiro ano de vida. A doença é caracterizada pelo desenvolvimento acelerado de características físicas associadas ao envelhecimento, como perda de cabelo e pele fina, que se manifestam ainda na infância.
Com apenas 130 casos reconhecidos mundialmente e quatro deles na Itália, a progéria afeta principalmente o sistema cardiovascular dos portadores, levando a complicações como ataques cardíacos e arteriosclerose.
Essas complicações são as principais responsáveis pela morte prematura dos pacientes. Sammy Basso, que nasceu em 1º de dezembro de 1995 no norte da Itália, conseguiu prolongar sua vida graças ao acesso a tratamentos e ao constante acompanhamento médico.
Basso era ativo nas redes sociais e possuía mais de 70.000 seguidores no Instagram, onde compartilhava sua rotina e seu trabalho para incentivar a pesquisa sobre a progéria.
Ele se formou em biologia molecular pela Universidade de Pádua, onde concluiu uma tese que buscava esclarecer a relação entre inflamação e a síndrome.A trajetória de Basso é um exemplo de resiliência e força de vontade, servindo de inspiração para a comunidade médica e para outros pacientes ao redor do mundo.
“Na verdade, as pessoas afetadas pela progéria, além de terem uma aparência física peculiar, enfrentam diversos sintomas como problemas de osteoporose , osteólise e artrite; atraso no crescimento e desenvolvimento ; anomalias cutâneas ; alopecia e principalmente problemas do coração e dos vasos sanguíneos como oclusões dos vasos principais , estenose das válvulas cardíacas , acidente vascular cerebral , infarto e outros”, ressaltam os especialistas.
A morte de Basso ressalta a urgência em continuar os estudos sobre a progéria e outras doenças genéticas raras, buscando avanços que possam melhorar a qualidade de vida e aumentar a expectativa de vida dos portadores.
Seu legado como ativista permanece vivo e será lembrado como uma referência para o progresso da medicina e para a conscientização sobre as necessidades de quem enfrenta essas condições.