Nesta quinta-feira (08/05), a Igreja Católica anunciou seu novo líder. A escolha vem 18 dias após a morte do Papa Francisco, que ocupou o cargo pelos últimos anos, desde 2013.
O escolhido pelo Conclave foi o cardeal estadunidense Robert Francis Prevost, que agora passa a se chamar Leão XIV. A escolha foi do próprio Prevost, que já fez seu primeiro discurso.
A sucessão de Papas levantou, como sempre, a questão sobre os nomes assumidos pelos Pontífices. Francisco, na verdade, se chamava Jorge Mario Bergoglio. Para o Papado, escolheu Francisco.
Para explicar a tradição da Igreja é necessário entender um pouco da história do Catolicismo. Para a Igreja Católica, Simão foi o primeiro Papa. Após sua decisão de servir à Cristo, Simão foi rebatizado por Jesus e passou a se chamar Pedro.
Pedro teve sucessores, mas não houveram trocas de nomes. Por isso, a tradição católica é mais frequentemente atribuída à Mercúrio di Proietto, que foi Papa entre 533 e 535. Na época, Mercúrio escolheu se chamar João II e o motivo é simples.
Mercúrio se preocupava com a existência do deus pagão Mercúrio. Seu medo era de que os nomes criassem uma confusão que pudesse levar os fieis católicos a cultuarem o deus pagão.
Para evitar esse risco, Mercúrio decidiu se chamar João II. Até então, os Papas, apesar de Pedro, tinham o hábito de manterem seus nomes de batismo acompanhados de seu local de nascimento. Após Mercúrio, ou João II, a tradição se estabeleceu.
A Igreja Católica é cheia de tradições e rituais. A escolha do Papa é uma delas: a seleção é feita por meio de voto dos cardeais habilitados, num cerimonial conhecido como Conclave. Antes do anúncio, há a famosa fumaça no Vaticano.
Após ser escolhido, o Papa deve responder a duas perguntas que são feitas em latim: “Aceita a sua eleição canônica como Sumo Pontífice?”, que leva a segunda pergunta se a resposta for sim. Depois disso, o Papa responde a segunda pergunta: “Como quer ser chamado?”.