O setor aeroagrícola de Mato Grosso foi atingido por uma trágica notícia neste sábado, dia 19 de abril. O empresário e piloto Ricardo Morais, conhecido regionalmente como Ricardo da Aeroagrícola, faleceu após a queda do avião que operava durante serviços de pulverização na Fazenda Maripá, no Mato Grosso.
O acidente mobilizou equipes das autoridades, que seguiram para o local para iniciar as investigações técnicas. Ricardo Morais era uma figura respeitada no agronegócio mato-grossense, com anos de experiência em aplicação aérea de defensivos agrícolas.
Seu trabalho era essencial para propriedades rurais da região, que dependem desses serviços para garantir a produtividade das lavouras de soja, milho e algodão, culturas que sustentam a economia local. Testemunhas relataram que, no momento do acidente, ele realizava uma rotina de pulverização, atividade que exige precisão e conhecimento técnico.
A queda ocorreu em uma área de plantio, e não há registros de vítimas além do piloto. A aeronave, modelo comum em operações agrícolas, foi encontrada totalmente destruída, indicando impacto violento. Apesar dos riscos inerentes à profissão como a exposição a produtos químicos, condições climáticas instáveis e a necessidade de manobras em baixa altitude.
As causas do acidente permanecem indeterminadas, mas especialistas da Politec já iniciaram a análise dos destroços. Entre as hipóteses investigadas estão falhas mecânicas (como problemas no motor ou sistema de controle), erro humano (como cálculo equivocado de trajetória) e condições climáticas adversas (ventos fortes ou turbulência).
O incidente ressalta os desafios enfrentados por pilotos aeroagrícolas, que atuam em um dos setores mais perigosos da aviação. Dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) indicam que, entre 2010 e 2023, o Brasil registrou mais de 200 acidentes envolvendo aviões agrícolas, com cerca de 70% deles resultando em mortes.
A morte de Morais deixa um vácuo não apenas para sua família, mas para o agronegócio local, que perde um profissional chave em um momento de alta demanda por serviços especializados. O caso reacende debates sobre a necessidade de reforçar protocolos de segurança no setor, incluindo inspeções mais rigorosas e treinamentos contínuos para pilotos.