O caso do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Júnior, de 36 anos, encontrado morto no autódromo de Interlagos, em São Paulo, assustou o país não apenas pela situação do crime, mas também por detalhes que vieram à tona após sua morte.
Entre eles, um registro de ameaça com faca feito meses antes do assassinato, envolvendo um vizinho aparentemente descontrolado. A conexão entre os episódios ainda está sob investigação, mas o histórico de conflitos acende um alerta preocupante sobre a escalada da violência que cercava o empresário.
Adalberto desapareceu no dia 30 de maio, após participar de um evento de motocross no autódromo. Quatro dias depois, seu corpo foi encontrado dentro de um buraco em uma área de obra nos fundos do local.
A polícia confirmou que ele estava vivo ao ser colocado no buraco, o que reforça a tese de homicídio. A causa da morte ainda é investigada, mas há suspeitas de que ele possa ter sido vítima de um mata-leão ou do golpe conhecido como “boa noite, Cinderela”.
O que intriga ainda mais os investigadores é um boletim de ocorrência registrado por Adalberto e sua esposa, Fernanda Dândalo, em março de 2024. Segundo o relato, um vizinho de Alphaville os ameaçou com uma faca, gritando ofensas e dizendo que eles “não terminariam a obra” e que “ali não morariam”.
O homem teria retornado à sua casa para buscar a arma e, em seguida, continuado a ameaçá-los. A esposa do vizinho também teria participado da intimidação. Apesar da gravidade das ameaças, o caso não evoluiu para uma investigação mais profunda na época.
Agora, com a morte de Adalberto, os fatos passados voltam à tona e alimentam suspeitas de que ele já vivia sob risco real. A polícia trata o caso oficialmente como homicídio e segue ouvindo testemunhas e analisando imagens e provas.