Ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro esteve hoje (06/11) na Corregedoria Geral da União para prestar depoimento na investigação contra o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques.
Bolsonaro prestou depoimento em caráter de testemunha. A investigação apura a ação da PRF durante as eleições de 2022, quando houveram blitzes em várias regiões do Brasil, curiosamente onde Lula, então candidato, era apontado como favorito.
Vasques é suspeito de ter intencionalmente organizado as blitzes para prejudicar Lula e favorecer Bolsonaro durante a disputa eleitoral. Além da CGU, a Polícia Federal também investiga o caso.
Segundo apurou o Metrópoles, Bolsonaro respondeu a 10 perguntas durante o depoimento e negou que tivesse pedido à Silvinei que atuasse em seu favor. Questionado se Silvinei havia se oferecido para fazer campanha, Bolsonaro também negou.
Bolsonaro também foi questionado sobre a presença de Vasques na celebração de 7 de setembro daquele ano. “É normal a autoridade estar ao lado do mandatário, não há irregularidade alguma nessa atuação”, teria dito o ex-presidente.
Vale destacar que Bolsonaro não é alvo desta investigação. Silvinei, por sua vez, já chegou a ficar preso por cerca de um ano após determinação do STF. O ex-diretor deixou o presídio no mês de agosto, com tornozeleira eletrônica e impedido de usar as redes sociais.
Uma das principais penalizações possíveis contra Silvinei nesta investigação é o risco de perder a aposentadoria, que paga R$ 16,5 mil ao ex-diretor. Silvinei ocupou o cargo entre os meses de abril de 2021 e dezembro de 2022.