A morte de Adalberto Amarilio dos Santos Junior, de 35 anos, causou comoção e gerou um mistério que ainda intriga autoridades e a população. Empresário bem-sucedido, ele foi encontrado morto dentro de um buraco de escavação no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, três dias após seu desaparecimento.
O caso ganhou ampla repercussão pela ausência de marcas de violência e pelas circunstâncias nebulosas que envolveram suas últimas horas de vida. De acordo com o depoimento de Rafael, amigo que estava com Adalberto no evento na sexta, dia 30 de maio, o empresário consumiu oito copos de cerveja e fumou maconha adquirida no local com estranhos.
Segundo o relato, logo após o uso das substâncias, Adalberto ficou “alterado e bastante agitado”, comportamento que chamou atenção durante o show do cantor Matuê, parte da programação do evento no autódromo.
Rafael foi a última pessoa a vê-lo com vida o amigo contou que Adalberto pretendia contornar o autódromo para buscar seu carro. O corpo foi encontrado na terça, dia 3 de junho em uma escavação de três metros de profundidade por 80 centímetros de largura, sem calça e sem tênis.
Segundo a polícia, não havia sinais de sangue ou agressão física. A delegada Ivalda Aleixo, do Departamento de Homicídios da Polícia Civil, disse que há suspeita de ato criminoso: “Ele foi colocado no buraco desacordado”.
Apesar da ausência de lesões graves, escoriações superficiais foram identificadas, mas ainda não se sabe se foram feitas em vida ou após a morte. Exames toxicológicos e outros laudos estão em andamento, sem previsão de conclusão.
Uma segunda calça foi encontrada por garis nas proximidades do autódromo, reforçando o mistério em torno do que realmente aconteceu com Adalberto naquela noite.
A investigação segue em aberto, e o caso continua cercado por incertezas, enquanto a família e amigos buscam por respostas sobre a estranha e trágica morte do empresário.