Os canteiros de obras estão entre os ambientes mais perigosos para se trabalhar. Altura, maquinário pesado, estruturas instáveis e rotinas exaustivas formam uma combinação que exige atenção máxima à segurança. Mesmo assim, tragédias ainda acontecem com frequência e foi o que ocorreu na manhã desta segunda, dia 19 de maio.
Na zona oeste de São Paulo, um elevador de obra despencou do 17º andar, matando três trabalhadores de forma brutal. O acidente aconteceu em um condomínio em construção localizado na altura do km 18 da Rodovia Raposo Tavares, no bairro do Butantã.
As vítimas eram operários de 20, 26 e 43 anos que estavam dentro de um elevador do tipo “cremalheira”, um equipamento usado para o transporte vertical de pessoas e materiais, fixado na parte externa da estrutura do prédio.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a queda foi devastadora e não houve chance de sobrevivência. Uma quarta pessoa, que presenciou o momento em que o elevador despencou, entrou em estado de choque e precisou ser socorrida, apesar de não estar fisicamente ferida.
A tragédia comoveu os colegas de trabalho e moradores da região. Em nota, o condomínio Reserva Raposo informou estar acompanhando o caso de perto e reforçou seu compromisso com a segurança.
A BRZ Construtora, responsável pela obra, lamentou profundamente as mortes e afirmou que as causas estão sendo investigadas. A Prefeitura de São Paulo confirmou que a obra tinha os alvarás exigidos e enviou técnicos da subprefeitura do Butantã e da Defesa Civil ao local para realizar uma vistoria.
O caso acende mais um alerta sobre a importância dos protocolos de segurança em construções verticais. Equipamentos devem ser inspecionados rigorosamente e operados com extremo cuidado. A perda de três vidas é um lembrete trágico de que, em ambientes tão perigosos, nenhum detalhe pode ser negligenciado.