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Durante julgamento, Mauro Cid confirma acusação e deixa Bolsonaro e Braga Netto em situação delicada

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Réus terão ainda a chance de se defender das acusações.

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Começou nesta segunda-feira (09/06), o julgamento no Supremo Tribunal Federal dos réus por tentativa de golpe de estado. Nesta fase, o STF julga oito réus apontados como integrantes de um “núcleo crucial”, incluindo o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro.

O grupo é acusado de tramar uma tentativa de golpe de estado, que não chegou a ser levada à termo, mas teria causado distúrbios a ordem pública nacional. Bolsonaro, conforme denúncia, é apontado como líder da suposta organização criminosa.

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Ao longo desta segunda-feira (09/06), os ministros da Suprema Corte ouviram e interrogaram Mauro Cid, que atuou por anos como assistente de ordens de Bolsonaro, mas acabou assinando delação premiada com a Polícia Federal.

Cid respondeu uma série de perguntas e acabou deixando alguns dos acusados em situação delicada, principalmente o próprio ex-presidente e também o general Braga Netto, que participou do governo Bolsonaro.

Dentre as afirmações de Cid, que podem complicar a defesa de Bolsonaro, esta a confirmação de que o ex-presidente teve ciência do documento que ficou conhecido como “minuta do golpe” e chegou a fazer alterações no texto – Bolsonaro nega qualquer envolvimento com o documento, que foi encontrado em sua sala, na sede do PL em Brasília.

“Ele [Bolsonaro] enxugou o documento, basicamente retirando as autoridades das prisões. Somente o senhor [Moraes] ficaria como preso. O resto…”, disse Cid, afirmando que Bolsonaro tinha ciência do documento e chegou a editar o conteúdo.

Cid também afirmou que o núcleo do governo, incluindo o próprio ex-presidente, tinha relações com os acampamentos que se espalharam pelo país – contrariando a versão de que as manifestações eram espontâneas.

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O ex-ajudante de ordens afirmou que recebeu dinheiro do general Braga Netto para financiar os acampamentos, que pediam, dentre outras coisas, a volta da ditadura militar. Cid afirmou que não saberia precisar, mas que circulava na época a informação de que o dinheiro era oriundo do agronegócio.

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O general Braga Netto trouxe uma quantia em dinheiro, que eu não sei precisar, mas com certeza não foram os cem mil, até porque pelo volume não era. Que foi passado para o major de Oliveira, no próprio Alvorada“, disse.

Tanto Bolsonaro, como os demais réus, negam as acusações. Todos terão, ao longo do julgamento, a chance de responder os questionamentos e se defender das acusações. O julgamento pode durar dias.

Sobre o Autor

Roberta R

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