As autoridades policiais efetuaram a prisão de Marina Rodrigues de Lima, proprietária da escola infantil Alegria de Saber, na noite de sexta-feira. A empresária de 53 anos foi localizada em uma chácara em Ibiúna, interior de São Paulo, após ter sua prisão temporária decretada por crimes contra crianças.
O mandado de prisão, expedido pela 3ª Vara Criminal de Osasco no dia 10 de fevereiro, fundamenta-se em violações ao Estatuto da Criança e do Adolescente, ao Código Penal e à Lei de Tortura, evidenciando a gravidade das acusações contra a educadora.
A instituição de ensino particular, que cobrava mensalidades de até mil reais, localiza-se em Osasco, na região metropolitana de São Paulo. Após a revelação das agressões, a prefeitura local determinou a interdição imediata do estabelecimento na última sexta-feira.
Uma ex-funcionária da escola, horrorizada com as cenas de violência que presenciou, decidiu documentar os abusos em vídeo antes de pedir demissão. O material foi posteriormente entregue aos pais das crianças, que imediatamente acionaram as autoridades competentes.
O caso ganhou notoriedade após a divulgação de imagens perturbadoras nas redes sociais, mostrando a proprietária agredindo um menino de apenas dois anos durante o horário do lanche. As cenas chocantes revelam um padrão de violência física e psicológica contra a criança indefesa.
As gravações documentam momentos de terror vividos pelo pequeno aluno, que foi brutalmente separado de seus colegas e forçado a ingerir uma bebida contra sua vontade. A violência escalou quando a criança demonstrou resistência ao ser alimentada.
O vídeo mostra Marina aplicando tapas na boca do menino, agarrando-o pelo pescoço e sacudindo-o violentamente, enquanto a criança, em desespero, chora e clama pela presença da mãe. As imagens causaram indignação generalizada na comunidade.
O 8° Distrito Policial de Osasco, sob supervisão da Secretaria da Segurança Pública, instaurou um inquérito para investigar minuciosamente todas as circunstâncias envolvendo os atos de violência praticados na escola infantil.
A suspeita deverá participar de uma audiência de custódia neste sábado, quando será transferida para Osasco.
A brutalidade dos atos registrados provocou uma onda de revolta entre pais e educadores, que exigem punição exemplar para evitar que casos semelhantes se repitam em outras instituições de ensino.