A saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a ser tema de atenção após uma série de episódios de mal-estar ocorridos durante compromissos públicos recentes.
Participando de eventos em diferentes estados, ele demonstrou sinais claros de indisposição física, como vômitos, tremores e dificuldades respiratórias, levando à interrupção de sua agenda em mais de uma ocasião.
Tais ocorrências têm preocupado aliados e reacendido discussões sobre os impactos duradouros das complicações médicas enfrentadas desde o atentado sofrido durante a campanha presidencial de 2018.
Na última terça-feira (17) , na cidade de Presidente Prudente, que fica no interior do estado de São Paulo, Bolsonaro participou de uma feira voltada à cadeia produtiva da carne, ao lado de líderes políticos como o governador Tarcísio de Freitas.
No entanto, segundo relatos de pessoas próximas, ele estava visivelmente abatido, apresentando tremores durante uma entrevista concedida nas primeiras horas do dia. Ainda antes de subir ao palco do evento, teria vomitado nos bastidores, indicando o agravamento de seu quadro de saúde.
Dois dias depois, em Aparecida de Goiânia, enfrentou novas dificuldades durante um discurso, interrompido diversas vezes por soluços. Já em Goiânia, no dia seguinte, teve que deixar um frigorífico após cerca de 20 minutos, alegando indisposição.
Esses episódios ocorrem poucos meses após Bolsonaro ter se submetido a uma cirurgia intestinal, que também envolveu a reconstrução de parte da parede abdominal. “Desculpa, estou muito mal. Vomito 10 vezes por dia”, disse Bolsonaro nesta última quinta-feira (19).
A intervenção foi uma das várias realizadas após a facada de 2018, totalizando sete procedimentos cirúrgicos relacionados ao trauma. As manifestações atuais, como vômitos frequentes e tremores, sugerem que as sequelas do ataque continuam impactando sua saúde de maneira significativa.
A continuidade desses sintomas pode influenciar sua presença em eventos públicos e comprometer a agenda política que vem mantendo. O estado físico do ex-presidente, portanto, se mantém como um elemento central de atenção não apenas entre seus apoiadores, mas também para o cenário político nacional, dado o papel que ele ainda desempenha nas articulações da direita brasileira.
