O Brasil assistiu em 2017 a saída abrupta da Paçoca Rolha, um doce bastante apreciado, das prateleiras de supermercados. A responsável foi a Anvisa, que identificou níveis exagerados de aflatoxinas, substâncias com potencial cancerígeno, no produto da marca Dicel.
No papel de guardiã da saúde pública, a Anvisa realizou testes nos doces da Dicel. Os resultados demonstraram que as paçocas ultrapassavam os limites seguros de aflatoxinas, toxinas perigosas produzidas por fungos.
Logo após a constatação, a Anvisa tomou medidas para proteger a população. Oito lotes do doce, válidos até o final de 2017, foram banidos e retirados do comércio. O evento impactou estabelecimentos por todo o país, seguindo o procedimento padrão para produtos que oferecem riscos à saúde.
A Dicel, surpreendida com a notificação da Anvisa, tomou medidas rápidas para retirar os produtos em questão das lojas, principalmente em Goiânia, local da fábrica. A empresa afirmou, porém, que não recebeu notificação oficial da Anvisa.
Apesar do contratempo, a Dicel segue operando e é reconhecida pela qualidade de seus produtos. A empresa produz 23 tipos de doces, segundo seu site oficial, ainda que a paçoca envolvida no escândalo não esteja na lista.
A Anvisa registra em detalhes os produtos irregulares identificados ao longo dos anos em sua plataforma. A Dicel apareceu duas vezes nesse registro até fevereiro de 2021: em março e maio de 2017. A Anvisa disponibiliza um portal público para quem quiser informações sobre produtos interditados ou retirados por irregularidades.
O caso da Paçoca Rolha é uma lição sobre a importância da qualidade dos alimentos que consumimos. As autoridades precisam continuar a monitorar e testar os produtos à venda no mercado para garantir sua segurança.
Embora o caso tenha sido um revés para a Dicel, a empresa mostrou resiliência e compromisso com a segurança do consumidor ao se adaptar à situação. A história da Paçoca Rolha é um lembrete de que até nos doces mais queridos precisamos prestar atenção à qualidade e à segurança.
Para quem quer se informar sobre produtos que possam ter sido interditados ou retirados por irregularidades, a Anvisa oferece um portal público. Através dele é possível pesquisar por nome ou número de registro do produto e conferir as ações tomadas a partir do ano em que foram publicadas.
O incidente com o doce da Dicel sublinha a importância da vigilância alimentar e o papel crucial da Anvisa na proteção da saúde pública. Como consumidores, devemos nos manter informados sobre os produtos que consumimos e possíveis irregularidades relacionadas a eles.