Uma médica obstetra de Palmas, no Tocantins, compartilhou nas redes sociais sua experiência ao passar por um procedimento estético que resultou em graves consequências para sua pele.
Após realizar um peeling químico, sofreu queimaduras severas que agora exigem um longo período de recuperação e o uso contínuo de uma máscara especial. Desde a adolescência, ela lidava com problemas de acne, o que resultou em cicatrizes que a motivaram a buscar diferentes tratamentos estéticos.
Ao longo dos anos, recorreu a procedimentos como laser e microagulhamento, sempre em busca de uma melhora no aspecto da pele. Entretanto, recentemente, optou por uma nova abordagem: um peeling químico que utiliza ácido tricloroacético (ATA) combinado com óleo de Croton.
A escolha foi influenciada por resultados promissores vistos em redes sociais, sem que imaginasse os danos que poderiam ser causados. No dia 14 de novembro de 2024, a médica realizou o procedimento em uma clínica odontológica em Goiânia.
Inicialmente, sabia que o peeling causaria queimaduras superficiais, comuns nesse tipo de tratamento. Contudo, com o passar das semanas, percebeu que os sinais de inflamação persistiam e sua pele não evoluía conforme o esperado.
Após cerca de 45 dias, começaram a surgir cicatrizes profundas, tornando a situação ainda mais preocupante. Em busca de ajuda, entrou em contato com a profissional responsável pelo procedimento, mas não recebeu orientação adequada para solucionar o problema.
Diante da gravidade do quadro, consultou cinco especialistas diferentes, tentando encontrar alternativas para reverter os danos. Em um dos atendimentos, foi orientada a usar uma máscara especial por pelo menos seis meses, durante 24 horas por dia, para auxiliar na regeneração da pele.
O peeling de ATA, quando utilizado isoladamente, já é conhecido por promover uma descamação intensa, sendo classificado como um procedimento de média a alta profundidade.
No entanto, a combinação com óleo de Croton potencializa sua ação, tornando sua penetração ainda mais agressiva e atingindo camadas mais profundas da pele. Esse tipo de procedimento deve ser realizado com extremo cuidado e apenas por profissionais altamente capacitados, pois há riscos significativos de complicações.
O caso da médica acende um alerta sobre os perigos de tratamentos estéticos realizados sem um acompanhamento especializado adequado. Embora os avanços na dermatologia e estética ofereçam soluções eficazes para diversas condições da pele, é fundamental que qualquer procedimento seja conduzido por profissionais devidamente habilitados, garantindo segurança ao paciente.
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Além disso, a influência das redes sociais sobre decisões estéticas também se mostra um fator preocupante, já que muitas vezes os resultados apresentados não refletem os riscos envolvidos.
Agora, além de enfrentar as sequelas físicas, a médica lida com o impacto emocional da experiência. Seu relato serve como um alerta para que outras pessoas sejam mais cautelosas ao escolher tratamentos para a pele, priorizando sempre a orientação de profissionais qualificados e evitando decisões impulsionadas por promessas irreais divulgadas na internet.
