A segunda-feira (27) começou com uma tragédia em São Paulo. Um adolescente de 13 anos, armado com uma faca, invadiu uma unidade escolar e feriu cinco pessoas, além de ter deixado uma professora morta.
O garoto, segundo informações que vem sendo reveladas ao longo do dia, usou as redes sociais para manifestar desejo de vingança e, segundo testemunhas, teve comportamento racista uma semana antes.
O caso gerou alerta para muitos pais e responsáveis, além da própria comunidade escolar, que tem assistido um aumento de casos semelhantes. Só no ano passado, por exemplo, houveram três ataques que ganharam grande proporção.
Ipaussu (SP), 2022 – Três pessoas feridas
Na ocasião, um jovem de 22 anos invadiu uma escola com intenção de atacar a diretora. A mulher não estava na unidade, mas o jovem esfaqueou duas professoras e manteve um professor refém. Detido, ele alegou ter sofrido bullying na infância em uma escola da região. Culpando a diretora, ele cometeu o crime na Professor Júlio Mastrodomênico, onde a profissional atuava no ano passado.
Aracruz (ES), 2022 – Quatro pessoas mortas e 13 feridas
Um adolescente de 16 anos cometeu 4 homicídios e deixou 13 pessoas feridas após invadir duas escolas. Para o crime, ele ostentava símbolos nazistas e usava as armas do pai, um policial militar.
Sobral (CE), 2022 – Uma pessoa morta e duas feridas
Adolescente de 15 anos, portando uma arma sob registro de CAC, invadiu a Escola Professora Carmosina Ferreira Gomes e matou um aluno, também de 15 anos, e deixou dois feridos. Segundo inquérito, o garoto portava uma arma na mochila para se defender, alegando ser vítima de bullying, e teria dado um disparo acidental.
Suzano (SP), 2019 – Dez pessoas mortas e 11 feridas
Guilherme Taucci Monteiro, 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, 25, ambos ex-alunos da Escola Estadual Raul Brasil, invadiram a unidade e mataram 10 pessoas, tendo deixado outras 11 feridas. Guilherme executou o comparsa e depois cometeu suicídio.
Goiânia (GO), 2017 – Duas pessoas mortas e quatro feridas
No Colégio Goyases, um aluno de 14 anos, vítima de bullying, pegou a arma da mãe (policial militar) e foi para a escola a fim de revidar os ataques que sofria. Dois alunos morreram e quatro pessoas ficaram feridas.
Realengo (RJ), 2011 – 12 pessoas mortas e 13 feridas
Wellington Menezes de Oliveira, com 23 anos, invadiu a escola onde havia estudado e deixou 12 mortos e 13 feridos. O massacre aconteceu na Escola Municipal Tasso de Silveira. Wellington portava duas armas de fogo e entrou em conflito com a polícia. Ele cometeu suicídio.