A situação da Ucrânia vem se tornando cada vez mais delicada a medida que o tempo avança entre a relação de Zelensky, Trump e Putin. O presidente estadunidense já deu repetidas demonstrações de que, se tiver que escolher um lado, não será o lado do ex-aliado.
Desde que assumiu em janeiro, Trump mudou a postura dos EUA em relação a guerra entre Ucrânia e Rússia. Além de abrir diálogo com o Kremlin, Trump também cortou verba para a Ucrânia e passou a criticar publicamente o presidente Zelensky.
O presidente dos EUA já deixou claro que vai cobrar a dívida acumulada pela Ucrânia e que tem interesse nas terras raras do país. Praticamente encurralado, Zelensky tem pouco poder de barganha e assiste EUA e Rússia negociarem um acordo de paz para o seu próprio território.
Na última sexta-feira, Trump voltou a alfinetar o presidente ucraniano, ao firmar que teve “ótimas conversas com Putin, e não tão boas com a Ucrânia”. No entanto, do lado ucraniano, o discurso sobre a conversa foi diferente.
“Hoje, equipes ucranianos e norte-americanas estão trabalhando em um rascunho de acordo entre nossos governos”, escreveu Zelensky no twitter. “Este acordo pode agregar valor às nossas relações – o que mais importa é acertar os detalhes para garantir que ele realmente funcione. Espero resultados justos”, completou.
Trump ainda desdenhou diretamente do presidente ucraniano, em entrevista a Fox Radio. Para o presidente dos EUA, não é “muito importante” que Zelensky participe das reuniões para discutir o fim da guerra na Ucrânia. Recentemente, Trump inclusive já chamou Zelensky de ditador.
Outro ponto bastante relevante sobre o presidente dos EUA, é que Trump não parece ter muita preocupação em manter a OTAN. O presidente norte-americano, inclusive, já cobrou que a União Europeia gaste mais com suas defesas.