Curiosidades

Depois de viralizar a foto da ‘bebê da mecha branca’, outros portadores revelam como lidam com a doença

Saiba tudo sobre essa modificação genética.

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A bebê, que de acordo com a brincadeira do obstetra, já nasceu com luzes no cabelo, viralizou na internet, sua foto que paula beltrão postou no seu perfil pessoal do Instagram fez o maior sucesso. A princesa Mayah já chegou ao mundo sob mira das câmaras fotográficas.

A bebê deixou os internautas e a equipe do hospital babando com tanta fofura, mas outras pessoas com a mesma modificação genética não tiveram a mesma sorte e sofrem com bullying principalmente na fase da infância e na adolescência. A mãe da bebê, de 40 anos de idade, também nasceu com franja, e disse em entrevista ao colunista do jornal ‘ Hoje em Dia’, que sempre foi descriminada na escola, por conta disso.

A mineira de 31 anos de idade, chamada Samaria,  tem piebaldismo, uma condição genética hereditária que afeta a produção de melanina, gerando manchas na pele e mechas brancas. “Mas nem sempre ela soube que esse era o diagnóstico para as manchas que tinha. A mãe de Samaria a levou a vários médicos, inclusive em São Paulo, para saber se a menina tinha alguma doença grave, mas ninguém sabia responder o que era. Somente mais velha, Samaria descobriu que tinha piebaldismo, uma doença genética sem cura e não transmissível, que atinge uma a cada 20 mil pessoas“. Informa o ‘Hoje em Dia’.\n\nSamaria tem 3 filhos todos nasceram com a mesma modificação genética ,Samaria conta que sempre sofreu chacota  e luta bravamente para que o mesmo não suceda aos seus filhos.  “Para mim foi muito triste na escolinha, porque as crianças me chamavam de velhinha e não queriam brincar comigo. Aos 5 anos, passei a arrancar o meu cabelo enquanto dormia, acabei ficando carequinha”, relembra.

A psicologa até orientou aos pais que tingissem os cabelos de Samaria quando adolescente, mas a própria garota preferiu deixa-los ao natural depois de tentar e não gostar do resultado. “Foi quando eu me aceitei. E foi tranquilo na juventude. O bullying voltou quando fui fazer faculdade de enfermagem. Fiquei tão incomodada que larguei após dois anos de curso”. Revela Samaria.

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A mecha pode ser em outra parte da cabeça também, como é o caso de Luciano Souza, de 44 anos de idade, e tem a mecha na parte de trás do couro cabeludo, e o incomodava quando adolescente. “Não gosto dela porque me diferencia dos demais. Sou facilmente reconhecido devido a essa peculiaridade, apesar de nunca ter sofrido bullying ou qualquer constrangimento devido a isso”,  comentou e contou que por diversas vezes tentou pinar os cabelos, mas não obteve sucesso, por que nesses fios brancos a tinta não fixa..

Quem nasce com essa mancha branca na cabeça, é portador de Piebaldismo. “O piebaldismo é uma doença que afeta a produção de melanina, o pigmento que dá cor à pele. Segundo ela, a síndrome dura por toda a vida e não tem “cura”: um tratamento possível, além da maquiagem cosmética, é o transplante de epiderme (do próprio corpo do portador). Além da testa e do couro cabeludo, a mancha branca pode aparecer em outras partes do corpo (onde houver a mancha, o pelo nascerá branco)”. Informa a dermatologista Dr.  Cláudia Márcia de Resende Silva.\n\n”Apesar disso, a condição não traz grandes riscos à saúde, mas é necessário redobrar os cuidados relacionados à proteção à exposição solar já que o piebaldismo é um defeito da pigmentação cutânea que impede o bronzeamento. Dessa forma, queimaduras – com vermelhidão, ardência, dor e até bolhas – são ainda mais perigosas para essas pessoas. Quem tem a doença deve se proteger em áreas de sombra, com roupas, bonés e, claro, o protetor solar.” Completou a doutora.

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