A prisão de Daniel Moraes Bittar, 42 anos, foi apenas o primeiro passo da polícia no sentido de encerrar o caso. Com a vítima do criminoso, uma menina de 12 anos, resgatada e em segurança, agora a polícia começa o trabalho investigativo.
Daniel poderia ser um homem acima de qualquer suspeitas para muitas pessoas: trabalhador estável, de 40 anos, branco e vivendo um relacionamento com uma mulher. No entanto, a polícia descobriu que o pior acontecia em seu apartamento.
Uma menina de apenas 12 anos foi sequestrada após sair da escola. A vítima foi dopada e colocada dentro de uma mala, sendo transportada até o imóvel, onde foi mantida em cárcere e sofreu abusos sexuais.
Para a polícia, há indícios de que o criminoso agiu de forma premeditada e que a vítima foi “escolhida”. Ainda segundo a polícia, Daniel tinha a intenção de tirar a vida da criança após mante-la em cárcere.
A polícia encontrou, no carro do suspeito, um galão de gasolina. A principal suspeita neste estágio é de que o criminoso tinha a intenção de matar a criança e depois carbonizar o corpo, a fim de encobrir o crime.
Rafael Abrão, delegado a frente do caso, ainda esclareceu que o criminoso vinha frequentando a escola da vítima há alguns dias, monitorando as crianças a fim de escolher uma vítima. No carro, a polícia encontrou um binóculo.
Além disso, o cenário encontrado no apartamento do criminoso leva a polícia a acreditar que Daniel vinha praticando outros crimes, inclusive envolvendo a divulgação de material pornográfico envolvendo crianças.
“[É um] ambiente totalmente preparado para gravar vídeos. Uma série de objetos dão a entender que ele pode participar de alguma organização de divulgação de vídeos pornográficos de pedofilia. Inclusive, ele é autor de livros que citam pedofilia”, ainda explicou o tenente-coronel Alessandro Arantes.