No último doningo, 10 de setembro, na cidade de Dourados localizada no interior do estado do Mato Grosso do Sul, Gislaine Aparecida Gonçalves Martins, de 30 anos, perdeu a vida de forma trágica nas mãos de seu ex-companheiro, Alex Lima, que a atacou com um golpe de faca no pescoço dentro de sua própria residência.
O hediondo crime só veio à luz um dia depois, quando o filho da vítima, um garoto de apenas 8 anos, não conseguiu acordar a mãe e buscou ajuda entre os vizinhos.
De acordo com o registro policial, o menino ficou aterrorizado ao não obter resposta da mãe. Foi nesse momento que ele buscou auxílio dos vizinhos, os quais prontamente acionaram a Polícia Militar. Ao adentrar a residência, os oficiais depararam-se com Gislaine sem vida na cama, apresentando um ferimento no pescoço.
Segundo o relato da criança à polícia, ele descreveu o que possivelmente aconteceu. Informou que no domingo à noite houve uma discussão entre o padrasto e o irmão da sua mãe, e este último permaneceu na residência até altas horas da madrugada, só saindo posteriormente. Portanto, suspeita-se que o crime tenha ocorrido após esse período.
Enquanto as autoridades estavam na cena do crime, o parceiro de Gislaine chegou à casa. Inicialmente, ele informou aos militares, Polícia Civil e peritos presentes que tinha recebido uma ligação sobre o falecimento da mulher. No entanto, à medida que interagia com os policiais, sua ansiedade aumentava visivelmente.
O boletim de ocorrência lavrado pelas autoridades competentes, indica que a narrativa fornecida por ele não correspondia à versão apresentada pelo garoto de 8 anos. Diante das inconsistências, Alex admitiu ser o responsável pela morte de Gislaine.
Além disso, ele revelou o paradeiro da arma utilizada, alegando que a havia escondido nas proximidades da residência de sua mãe. Os agentes se dirigiram até o local indicado e lá encontraram os outros dois filhos de Gislaine, frutos da relação com Alex: um menino de 1 ano e 3 meses, e uma menina de 3 meses.
Tanto o autor do crime quanto a mãe dele foram conduzidos à delegacia para prestar depoimento. O caso foi oficialmente registrado como feminicídio praticado na presença de descendente, devido à presença do filho da vítima no local do ocorrido.