O avanço do aquecimento global pode se tornar responsável por, daqui a alguns anos, causar a próxima pandemia. Um novo estudo feito por pesquisadores da Universidade de Ottawa, no Canadá, aponta que essa é uma possibilidade real.
No entanto, esse não é o primeiro estudo do tipo a ser divulgado. A suspeita do potencial pandêmico do descongelamento das geleiras é antigo e já causa apreensão há algum tempo. O medo é de que bactérias “adormecidas” voltem a ativa.
As geleiras, acreditam os cientistas, são verdadeiros berços para vírus e bactérias inativos pelos últimos séculos. O risco é de que o degelo seja capaz de “liberta-los”, o que poderia levar o mundo a um “transbordamento” de doenças.
“À medida que as temperaturas estão subindo, o risco de transbordamento nesse ambiente específico está aumentando”, alertou o biólogo Stéphane Aris-Brosou.
O novo artigo foi divulgado na revista Proceedings of the Royal Society B. O estudo contou com análise de solo e sedimentos do Lago Hazen. Este lago é relevante porque recebe água direto das geleiras.
Apesar do risco ser real, o biólogo também explica que um cenário dramático exigiria que além do microorganismo, seja vírus ou bactéria, também exista um hospedeiro. De qualquer forma, o cenário tem gerado alerta.
Não é novidade para ninguém que o avanço da crise climática tem gerado grande alerta e apreensão em relação a sobrevivência das futuras gerações, pela precarização das condições de vida.