A dor da perda de um filho é uma ferida impossível de cicatrizar. E quando essa perda acontece de forma abrupta e com suspeitas de erro médico, a angústia se transforma em revolta.
Foi exatamente isso que vive a família de Maria Eduarda Ferreira da Silva, de apenas 6 anos, que morreu pouco após receber medicação intravenosa em um hospital municipal em Cidade Ocidental, Goiás. O caso, que comoveu o país, expõe uma tragédia que ainda exige muitas respostas.
Segundo relatos do pai, Eduardo Silva, a menina chegou ao hospital andando, acompanhada da mãe, Ana Alice Ferreira, com sintomas de uma crise asmática. Pouco depois de ser atendida e receber uma injeção de hidrocortisona, Maria Eduarda começou a passar mal e entrou em parada cardiorrespiratória.
Em prantos, Eduardo registrou um vídeo na porta da delegacia local denunciando o que acredita ter sido uma dosagem equivocada, e implorando para que a morte da filha não fique impune. Veja o vídeo:
A mãe, inconsolável, desabafou: “Mataram a minha filha”. A criança foi levada à sala de emergência e a equipe médica tentou reanimá-la por cerca de duas horas, mas sem sucesso. O óbito foi confirmado às 9h50 da manhã.
O prontuário médico revela que a menina estava com sinais de desconforto respiratório, mas sem qualquer histórico clínico que indicasse risco de morte imediata. A Secretaria Municipal de Saúde classificou o episódio como “atípico” e informou que aguarda o resultado do laudo pericial.
Em nota oficial, declarou solidariedade à família e ressaltou que toda a documentação médica foi entregue para investigação. Enquanto isso, os pais vivem o luto em busca de justiça. Maria Eduarda, uma criança cheia de vida, se tornou símbolo de uma dor que nenhuma família deveria enfrentar: a perda de um filho em circunstâncias ainda mal explicadas.
