Manter armas de fogo próximas a crianças é um risco imprevisível e devastador. Muitos pais, mesmo bem-intencionados, subestimam a curiosidade infantil e o perigo real que uma arma desprotegida representa.
Em questão de segundos, a ausência de vigilância e precauções básicas pode se transformar em uma tragédia irreversível. É fundamental reforçar que crianças pequenas não compreendem os riscos associados a esses objetos letais.
E qualquer falha na segurança, por mínima que seja, pode ter consequências dolorosas e fatais. Na noite de sexta, dia 13 de junho de 2025, em Rio Verde de Mato Grosso (MS), um caso chocante reforçou essa triste realidade.
Uma criança de apenas 2 anos pegou a arma de fogo que estava sobre a mesa, ao lado dos pais, e disparou acidentalmente contra a própria mãe, de 27 anos. A mulher foi atingida no braço e no tórax, e, apesar de socorrida, não resistiu aos ferimentos.
O pai da criança, um produtor rural com porte legal de arma, responderá por homicídio culposo (sem intenção de matar) e por omissão de cautela na guarda da arma, conforme o Estatuto do Desarmamento.
Câmeras de segurança registraram o momento em que a criança manuseia a arma na frente dos pais, até o disparo fatal. Casos como esse são evitáveis. Armas devem ser mantidas fora do alcance das crianças, trancadas em cofres específicos e descarregadas. Veja vídeo:
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Além disso, é essencial investir em educação sobre segurança doméstica e controle rigoroso do manuseio e armazenamento de armamentos. A simples presença de uma arma em casa exige uma responsabilidade extrema que, se negligenciada, pode destruir vidas.
O triste ocorrido no Mato Grosso do Sul é um alerta urgente. A proteção da infância começa com escolhas conscientes dos adultos. Não basta ter o direito de possuir uma arma é preciso ter consciência do dever de protegê-la.