O alívio de familiares após a recuperação do corpo de um ente querido é uma mistura de tristeza e gratidão, especialmente em cenários desafiadores como o resgate do montanhista Bruno Corrêa, de 29 anos.
Após seis dias de desaparecimento e 11 dias de operações arriscadas, o corpo de Bruno foi finalmente resgatado nesta segunda, dia 18 de novembro no Pico Jurapê, em Joinville, Santa Catarina.
O desfecho encerra uma missão que envolveu esforços exaustivos de equipes especializadas e trouxe um fim à agonia de seus familiares. Bruno, que se perdeu enquanto realizava uma trilha na montanha, foi encontrado em 13 de novembro, mas as condições climáticas adversas e o terreno de difícil acesso adiaram a recuperação do corpo.
A operação, conduzida por equipes do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina (CBMSC), Polícia Militar, Bombeiros Voluntários de Joinville e o Grupamento de Resgate em Montanha (GRM), foi considerada de alto risco.
Após diversas tentativas frustradas, seis especialistas em salvamento em altura utilizaram técnicas de rappel para descer 200 metros por rochas íngremes e densas áreas de mata até alcançarem o local onde o corpo estava. A complexidade da missão demandou estratégias detalhadas, incluindo voos de reconhecimento com helicópteros.
O resgate de Bruno marca o encerramento de uma operação que exigiu perícia, paciência e resiliência das equipes envolvidas. Para os familiares, embora o momento seja de luto, o esforço conjunto das equipes trouxe um sentimento de alívio por poderem dar um adeus digno ao jovem montanhista, cuja paixão pela natureza será sempre lembrada.