O corpo da bebê que veio a óbito após receber uma injeção contendo dipirona foi removido do local do velório para que fosse submetido a exames no Instituto Médico Legal (IML), na cidade de Trindade, situada na Região Metropolitana de Goiânia, capital de Goiás.
A família, originária de Porangatu, estava realizando o velório na manhã desta terça-feira (08). Eles haviam se deslocado até Trindade para possibilitar que os avós da bebê tivessem a oportunidade de conhecê-la.
Nesta terça-feira (8), a família tomou a iniciativa de registrar um boletim de ocorrência após o triste falecimento da criança. Após o recebimento da denúncia, a delegada encarregada do caso, Cássia Borges, optou por suspender temporariamente o velório.
Essa medida foi tomada para possibilitar que a equipe do IML de Goiânia se deslocasse até o município, a fim de proceder com a remoção do corpo e a realização da necropsia. O exame post-mortem tem o propósito de identificar a causa do óbito.
O Instituto Médico Legal confirmou que a previsão é liberar o corpo ainda durante o dia desta terça-feira, permitindo que a família prossiga com as cerimônias fúnebres e realize o sepultamento. A delegada mencionou que o laudo resultante do exame necroscópico está programado para ser emitido em um período de até 60 dias.
“A gente já requisitou para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) o prontuário médico de atendimento da bebê. A gente está com esse diálogo com a secretaria, que se dispôs a ajudar da melhor forma possível“, afirmou a delegada.
Os familiares da bebê Ayslla Helena Souza Lopes, com apenas 5 meses de idade, reportaram à Polícia Civil que o falecimento da criança se deu após ela receber uma injeção contendo dipirona, na cidade de Trindade. A aplicação da injeção ocorreu em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Conforme relato da família, a menina foi diagnosticada com a enfermidade “mão-pé-boca” e, como parte do tratamento prescrito, a médica recomendou um medicamento a ser administrado por via injetável. No entanto, durante a administração, a enfermeira não conseguiu encontrar a veia e solicitou permissão para realizar a injeção no músculo, o que foi consentido.
A mãe, Andréia, observou o surgimento de uma lesão com secreção no local da injeção, e o estado de saúde da criança piorou ao longo do tempo, culminando em seu falecimento na segunda-feira (7).
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Um comunicado médico registrou que a causa do óbito de Ayslla foi atribuída a insuficiência respiratória e choque séptico. Adicionalmente, constatou-se que a injeção administrada contribuiu para o desenlace. A delegada Cássia Borges esclareceu que será realizada uma perícia no corpo da criança, e as investigações acerca do caso estão em andamento.