Ao longo dos últimos meses, o adolescente Miguel Oliveira, de 15 anos, se tornou uma espécie de fenômeno do cristianismo nas redes sociais. O garoto, que se apresenta como pastor mirim, atingiu um enorme sucesso e acumula seguidores.
Não é preciso muito esforço para encontrar vídeos de Miguel fazendo pregações, disparando profecias e até fazendo afirmações polêmicas, como os vídeos em que afirma ter nascido sem cordas vocais e que foi curado.
No entanto, ao longo das últimas semanas, o garoto veio figurando páginas de notícias por graves acusações e o Conselho Tutelar foi envolvido. Nesta quarta-feira (30/04), veio à tona a notícia de que os pais do adolescente foram advertidos.
Miguel tem se tornado alvo de ameaças, depois de ser acusado de charlatanismo. Segundo informações do Metrópoles, representantes do Conselho Tutelar se encontraram com a família do garoto para estabelecer regras.
O adolescente deixou de frequentar a escola e vem tendo a família foi repreendida pela exploração da imagem do garoto. Segundo apurou o portal, a família foi proibida de divulgar registros do menor pregando em igrejas. Ou seja, Miguel pode continuar praticando sua fé, mas não deve ter a imagem exposta nas redes sociais e outros meios.
Em caso de descumprimento, os pais do menor podem sofrer sanções e até perderem a guarda, em última instância. O Conselho Tutelar também foi acionado sobre as denúncias de charlatanismo contra o garoto, e de negligência contra os pais do garoto.
Desde que seus vídeo viralizaram fora da “bolha” evangélica, o garoto tem sido submetido a ataques nas redes sociais, sendo ridicularizado e alvo de ameaças. A família agora deverá tomar medidas para proteger a imagem de Miguel.
Além do Conselho Tutelar, o Ministério Público de São Paulo também esta acompanhando o caso. Representantes do menor conversaram com a coluna de Paulo Cappelli, do Metrópoles, e afirmaram que os pais não querem mais expor o garoto.
“Ele é menor, e os pais não querem mais falar com nenhuma mídia, pois as ameaças estão absurdas. Xingamentos e coisas absurdas. Já foram na delegacia, e nada acontece. Então, eles acharam melhor não responder e não aparecer mais”, disseram.