Nesta terça-feira (28/01), o Congresso Nacional confirmou que vai questionar a atuação das autoridades estadunidenses no processo de deportação em massa de cidadãos brasileiros.
Procurado pela coluna de Igor Gadelha, no Metrópoles, o deputado Túlio Gadêlha (Rede-PE) confirmou que vai tomar medidas para questionar a maneira como os dezenas de brasileiros foram deportados ao país.
Gadêlha é presidente da Comissão sobre Migrações e Refugiados do Congresso e afirmou que vai acionar tanto a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, quanto a embaixada dos EUA no Brasil, para tratar do assunto.
“Nosso papel agora, como representantes do Congresso Nacional, será acolher, garantir o tratamento adequado aos brasileiros, além de cobrar respeito, denunciando e dando visibilidade ao caso em âmbito mundial. Nossas leis não podem ser submissas a essa política autoritária, violenta e intolerante característica da ultradireita”, afirmou.
Ao longo dos últimos dias, o governo dos Estados Unidos, sob ordem do presidente Donald Trump, tem deportado centenas de imigrantes de volta à seus países de origem. Dentre as comunidades mais afetadas, estão os latinos que haviam entrado no país norte-americano de forma ilegal.
Embora os EUA tenha soberania para tomar tal decisão, países como Brasil, Colômbia e México, tem questionado a maneira como as deportações vem sendo realizadas. Brasileiros deportados relataram ter sido agredidos, privados de água e comida, além de terem sido impedidos de usar o banheiro.
Vídeos também mostram que os grupos de deportados foram algemados tanto nas mãos, quanto nos pés. Algumas pessoas inclusive relataram ter ficado com ferimentos por conta do uso de algemas.
Em um voo dos EUA ao Brasil, com 88 deportados, a Polícia Federal precisou agir para impedir que o grupo seguisse algemado do aeroporto de Manaus para o aeroporto de Minas Gerais.
