O Vaticano vive um momento de luto e reflexão com o falecimento do Papa Francisco, figura central da Igreja Católica e amplamente admirado por sua dedicação pastoral e humanitária.
A morte do pontífice, aos 88 anos, ocorre em um cenário de crescentes desafios globais para a fé e para a convivência humana, marcado por guerras, mudanças climáticas e desigualdades sociais.
Em meio a esse contexto, sua partida representa um impacto significativo não apenas para os católicos, mas para toda a comunidade internacional. Na manhã da última segunda-feira (21), Francisco teve um agravamento súbito de seu estado de saúde.
Por volta das 5h30, horário local, ele começou a apresentar sinais de um mal-estar repentino. Cerca de uma hora depois, fez um último gesto de despedida ao seu enfermeiro pessoal, Massimiliano Strappetti, com um aceno de mão, pouco antes de entrar em coma.
O Vaticano informou que o Papa não sofreu e que sua morte ocorreu de forma rápida, sendo atribuída a um acidente vascular cerebral seguido de parada cardíaca. Ele faleceu em seu apartamento na Casa de Santa Marta, onde residia desde o início de seu pontificado.
Francisco enfrentava complicações de saúde desde fevereiro, quando foi hospitalizado por pneumonia bilateral, permanecendo internado por 38 dias. Mesmo após receber alta, cerca de um mês antes de sua morte, ele optou por manter sua rotina de compromissos, contrariando orientações médicas para repouso.
Sua determinação ficou evidente durante a Páscoa, quando insistiu em saudar os fiéis na Praça de São Pedro, em um momento que comoveu milhares de pessoas presentes.
Nas horas finais de vida, demonstrou gratidão ao seu enfermeiro, lembrando emocionado da ocasião em que pôde ser levado até a praça para encontrar o povo: “Obrigado por me trazer até a praça”.
Essa atitude refletiu sua trajetória: um líder espiritual que, mesmo debilitado, priorizou a proximidade com os fiéis. A despedida de Francisco simboliza o encerramento de uma era marcada pela compaixão, coragem e presença ativa até o último instante.
Seu legado inspira reflexão sobre o papel do cuidado com o próximo e da persistência diante das adversidades. Francisco era considerado o papa dos pobres e dos humildes.