A Igreja Católica vive um luto profundo com a morte do Papa Francisco, anunciada oficialmente na manhã desta segunda, 21 de abril. O falecimento do pontífice aos 88 anos marca o fim de um papado revolucionário e dá início a uma das cerimônias mais solenes da tradição católica: o funeral e o sepultamento do líder máximo da Igreja.
Diferente de seus antecessores, Francisco será enterrado fora do Vaticano, na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, e terá um rito modesto, conforme ele mesmo determinou meses antes de sua morte, reafirmando seu compromisso com a simplicidade e o espírito pastoral.
O funeral do Papa será dividido em três fases principais. A primeira delas começa com a preparação do corpo, que será velado na capela privada antes de ser transferido para a Basílica de São Pedro.
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Como é tradição, o camerlengo, atualmente o cardeal Kevin Farrell, será responsável por confirmar oficialmente a morte, chamar o Papa pelo nome de batismo, Jorge Mario Bergoglio, e realizar os rituais iniciais, como a destruição do anel papal, símbolo de autoridade e autenticidade pontifícia.
Na etapa seguinte, o corpo de Francisco será exposto por três dias em caixão de madeira simples, vestido com batina branca e vestes vermelhas. A ausência dos tradicionais três caixões e da plataforma elevada reforça o desejo do Papa de evitar símbolos de poder.
A missa fúnebre será celebrada dentro da Basílica de São Pedro, e a expectativa é que milhares de fiéis se reúnam na Praça para prestar suas homenagens. A última fase será o sepultamento. Pela primeira vez em mais de um século, um papa será enterrado fora do Vaticano.
A escolha por Santa Maria Maggiore reflete a profunda devoção de Francisco à Virgem Maria. Após a cerimônia de despedida e as orações finais, o caixão será colocado em seu destino definitivo. O local só será aberto ao público posteriormente, para visitação e veneração dos fiéis.
Durante nove dias consecutivos após o sepultamento, missas serão celebradas em sua memória, no chamado ritual dos “novendiales”. A simplicidade do funeral de Francisco, cuidadosamente pensada por ele ainda em vida, torna-se mais um marco de seu legado: uma liderança pautada pela humildade, proximidade com os pobres e coragem para quebrar tradições quando necessário.