O pedido de guarda unilateral feito por Murilo Huff, pai do pequeno Léo, único filho de Marília Mendonça, acendeu uma nova discussão em torno da herança da cantora, estimada em R$ 500 milhões.
Embora os motivos do processo não tenham sido oficialmente divulgados — já que ele corre em segredo de Justiça — especulações apontam que o patrimônio milionário pode estar no centro da disputa.
Atualmente, a guarda do menino de cinco anos é compartilhada com Dona Ruth, avó materna. Ela foi a principal responsável por cuidar de Léo desde a morte da cantora, em novembro de 2021, em um acidente aéreo que chocou o país.
A fortuna deixada por Marília Mendonça é resultado de uma década de sucesso ininterrupto nos palcos e fora deles. Apesar disso, o inventário que trata da partilha de seus bens e direitos autorais ainda não foi encerrado.
“O inventário segue sem conclusão”, revelou uma fonte ao jornal Extra, em consonância com o que já havia sido declarado por Dona Ruth em entrevista anterior.
Por ser menor de idade, Léo é o herdeiro legal de todo o patrimônio, mas não pode administrá-lo. Essa responsabilidade fica com o tutor legal de seus bens, função atualmente exercida por Dona Ruth. A criança só terá acesso pleno ao montante ao atingir a maioridade, aos 18 anos.
A declaração de Murilo Huff, feita logo após a repercussão do processo, levantou ainda mais especulações. “O mais confortável seria ficar calado, mas não poderia diante de tudo que descobri nos últimos meses”, disse o cantor, sem entrar em detalhes.
Dona Ruth respondeu à polêmica nas redes sociais, reforçando que os recursos estão sob controle. “Quanto ao patrimônio do Léo, podem ter certeza de que este está sendo muito bem protegido, inclusive submetido a prestação de contas na ação de inventário do patrimônio que a minha filha deixou e que está até hoje em andamento”, escreveu.
Mesmo com o processo de inventário em aberto, Léo já começa a se beneficiar financeiramente da obra de sua mãe. Projetos audiovisuais, como filmes e documentários sobre a vida da artista, estão em produção e seus lucros serão revertidos ao filho.
Além disso, as 335 músicas que Marília registrou em vida continuam gerando royalties. Segundo a Lei de Direitos Autorais (nº 9.610/98), os direitos patrimoniais de um autor seguem válidos por 70 anos após sua morte. No caso de Marília, os rendimentos seguem até o ano de 2092.
Em uma entrevista ao podcast Prosa do Sertanejeiro, Dona Ruth explicou como foi realizada a divisão dos lucros gerados após a morte da cantora. “O Léo ficou com 30% e eu fiquei com 20%, quando entrei para o escritório. Então ficaram 50% eles e 50% família”, disse.
A complexidade do espólio de Marília, somada à enorme receita gerada por sua obra, torna cada etapa desse processo ainda mais delicada. Enquanto isso, a guarda de Léo — e tudo o que ela representa — continua sendo motivo de atenção, tanto por questões afetivas quanto jurídicas.