Uma comerciante, executou um plano audacioso contra o grupo criminoso Viv Ansanm, responsável por aterrorizar sua comunidade. A mulher, cuja identidade permanece sob sigilo, intoxicou 40 integrantes da facção ao servir pastéis recheados com veneno.
A comerciante utilizou “óleo de lagarta”, pesticida agrícola tóxico usado para combater pragas, em um ato que muitos descreveram como desespero para fazer justiça com as próprias mãos depois de tantas impunidades.
Desde janeiro, a gangue impunha um regime de extorsão, saqueando estabelecimentos, cobrando “taxas de proteção” e ameaçando famílias que resistissem. Todos os dias famílias passavam por momentos desesperados com a tomada de poder pelas gangues.
A comerciante, obrigada a fornecer comida aos criminosos sob coação, testemunhou a escalada de violência, incluindo execuções e sequestros. Sem perspectivas de intervenção estatal, ela decidiu agir.
No dia do ataque, os homens ingeriram os pastéis envenenados durante uma refeição rotineira. Minutos depois, começaram a ter convulsões violentas e tentaram fugir, mas colapsaram nas estradas a caminho de hospitais.
Todos os 40 intoxicados morreram. A gangue, em represália, incendiou a casa da mulher, que já havia fugido. Ela se entregou à polícia, assumiu autoria do ato e pediu proteção, alegando ter agido sozinha.
Atualmente, está sob custódia, enquanto autoridades investigam o caso. A situação aconteceu no Haiti e continua a chamar atenção por tamanha gravidade do caso.
O episódio expõe a crise de segurança haitiana, onde gangues controlam 80% da capital e o governo não consegue garantir ordem. A comerciante tornou-se símbolo em um país onde a população, abandonada por instituições, recorre a medidas extremas.
O governo haitiano permanece em silêncio, sem comentar o ocorrido. Internacionalmente, o caso divide opiniões: enquanto alguns enxergam heroísmo na ação, outros alertam para os perigos existentes em tomar medidas extremas.
