Uma nova massa de ar quente e seco está prestes a intensificar as altas temperaturas em diversas regiões do Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o fenômeno climático, que já influencia o tempo em partes do Sudeste, Sul e Nordeste, ganhará ainda mais força a partir do próximo domingo.
Esse evento marcará a terceira onda de calor registrada no país em 2025, com previsão de seu ápice na segunda-feira. Inicialmente, os estados mais afetados serão Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná.
Nos dias seguintes, a onda de calor deve se expandir para Goiás e Bahia, ampliando o impacto das temperaturas elevadas em um território ainda maior. A expectativa é de que as máximas fiquem até 5°C acima da média climatológica, aumento da demanda por energia elétrica e agravamento da seca em algumas áreas.
Desde o começo do ano, o Brasil já enfrentou outras duas ondas de calor. A primeira ocorreu entre 17 e 23 de janeiro, e a segunda, entre 2 e 12 de fevereiro, atingindo especialmente o Rio Grande do Sul.
Durante esse último episódio, o Inmet chegou a emitir um aviso vermelho de grande perigo devido às temperaturas extremas, que se estendeu também para Santa Catarina e Paraná.
No Rio Grande do Sul, termômetros ultrapassaram os 40°C em diversas cidades, enquanto em Porto Alegre a máxima chegou a 39,3°C, afetando a rotina da população e exigindo medidas preventivas contra o calor intenso.
Com a chegada da nova onda de calor, a recomendação dos especialistas é reforçar os cuidados com a hidratação, evitar exposição prolongada ao sol nos horários mais quentes do dia e ficar atento a possíveis complicações de saúde, especialmente entre crianças, idosos e pessoas com doenças preexistentes.
Saúde x Calor Extremo
A exposição prolongada a temperaturas extremas pode trazer diversos problemas de saúde, afetando principalmente grupos vulneráveis, como idosos, crianças, pessoas com doenças crônicas e trabalhadores que realizam atividades ao ar livre.
Entre os principais impactos do calor intenso, destacam-se a desidratação, insolação, exaustão térmica e agravamento de doenças cardiovasculares e respiratórias.
A desidratação ocorre quando o corpo perde mais líquidos do que ingere, resultando em sintomas como sede excessiva, boca seca, tontura, fraqueza e dor de cabeça. Se não tratada a tempo, pode levar a complicações mais graves, como a redução do fluxo sanguíneo para órgãos vitais.
A insolação é um dos quadros mais severos relacionados ao calor. Acontece quando o corpo perde a capacidade de regular sua temperatura, levando a sintomas como pele quente e seca, confusão mental, febre alta, convulsões e, em casos extremos, coma. Esse quadro requer atendimento médico imediato, pois pode ser fatal.
A exaustão térmica é uma condição menos grave do que a insolação, mas ainda perigosa. Caracteriza-se por suor excessivo, fadiga, tontura, náusea, cãibras musculares e sensação de fraqueza. Se não for tratada com repouso e hidratação adequada, pode evoluir para um quadro de insolação.
O calor excessivo também afeta o sistema cardiovascular, aumentando a frequência cardíaca e a pressão arterial, o que pode ser especialmente perigoso para pessoas com doenças cardíacas. Há um risco maior de infarto e acidentes vasculares cerebrais (AVC) em períodos de calor intenso.
Pacientes com doenças respiratórias, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), também podem sofrer com o calor, pois o aumento da poluição atmosférica e a baixa umidade do ar agravam os sintomas respiratórios.
Para prevenir esses problemas, é fundamental manter-se hidratado, evitar exposição ao sol nos horários mais quentes do dia, usar roupas leves e frescas, procurar locais arejados e, se necessário, buscar atendimento médico ao perceber sintomas de exaustão térmica ou insolação.