Em uma declaração que surpreendeu até aliados próximos, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez duras críticas a Israel nesta terça, dia 24 de junho, exigindo que o premiê Benjamin Netanyahu “se acalme” e não retome ataques contra o Irã. Em sua rede Truth Social, Trump foi direto: “Israel, não jogue suas bombas. Se fizer isso, será uma grande violação. Traga seus pilotos para casa, agora!”.
A fala marca uma guinada inesperada no discurso do líder norte-americano, que, apesar de historicamente pró-Israel, responsabilizou Tel Aviv por parte da instabilidade no Oriente Médio.
O posicionamento de Trump veio logo após o anúncio de um cessar-fogo entre Israel e Irã, negociado pelos Estados Unidos com apoio do Catar. No entanto, horas após o início da trégua, relatos indicam que ambos os lados violaram o acordo.
O presidente americano disse estar “descontente com os dois”, mas fez questão de destacar sua frustração com Israel, demonstrando insatisfação com a resposta militar desproporcional de Netanyahu.
Segundo fontes da Casa Branca ouvidas pela agência Reuters, a trégua foi acordada depois de intensas conversas entre Washington, Tel Aviv, Teerã e Doha. Ainda assim, o chanceler iraniano negou que tenha havido um acordo final, e mísseis voltaram a ser disparados, reacendendo as tensões.
O conflito atual teve início no dia 13 de junho, quando Israel lançou ataques preventivos contra instalações nucleares iranianas. Em resposta, Teerã bombardeou cidades israelenses como Tel Aviv e Jerusalém.
Os Estados Unidos intervieram militarmente e também foram alvos: uma base americana no Catar foi atingida, mas sem vítimas. Trump afirmou esperar que a guerra, que já dura 12 dias, seja encerrada em até 24 horas, apesar das violações iniciais.
A comunidade internacional, no entanto, permanece cética quanto à viabilidade de um cessar-fogo duradouro, especialmente após as declarações explosivas do presidente americano.
