Na ultima quinta-feira (06/02), um estudo publicado na revista científica Alzheimer’s Association trouxe o que pode ser uma resposta para uma das perguntas mais difíceis das últimas décadas da medicina: o que causa o Alzheimer?
A hipótese foi levantada por pesquisados dos Estados Unidos, que acreditam que o problema por trás da doença pode ser anterior ao que vinha sendo convencionado ao longo dos últimos anos.
Isto é, pelos últimos anos, vários cientistas vem apreciando a ideia de que o Alzheimer seria resultado do acúmulo de proteínas tóxicas no cérebro, que seriam capazes de causar espécies de “emaranhados” na estrutura cerebral.
A nova hipótese, no entanto, sugere que a origem da doença se da antes mesmo do acúmulo dessas toxinas. Os pesquisadores acreditam que o estresse celular pode ser responsável por causar saliências no cérebro.
Essas saliências, ou grânulos, causariam um problema para a comunicação entre os neurônios, por se formarem entre eles. Segundo a nova pesquisa, essa pode ser a origem, ou seja, a raiz da doença.
A nova pesquisa foi desenvolvida a partir da revisão de estudos já publicados anteriormente. A revisão é um método muito comum e usado na academia e muitas vezes é responsável por avanços em várias áreas.
“Nossa proposta oferece uma estrutura plausível para entender os mecanismos que permitem o aparecimento dessa doença complexa. Essa descoberta pode alterar quando o Alzheimer pode ser detectado e quando a intervenção deve começar”, explica o líder do estudo, o neurocientista Paul Coleman, em nota à imprensa.
O Alzheimer é uma das doenças mais difíceis de se tratar, além de ser um problema que afeta toda a família do paciente. Além da perda de memória, a doença também pode levar a alterações de personalidade.