Minas Gerais enfrenta uma grave situação devido às chuvas intensas que têm atingido o estado desde o último mês de dezembro, com 37 municípios em situação de emergência e um em estado de calamidade pública.
Desde o início do período chuvoso, 11 pessoas perderam a vida, a maioria delas em dezembro, conforme divulgado pela Defesa Civil neste sábado (4). E o número de mortes pode aumentar consideravelmente se as chuvas volumosas continuarem a afetar várias regiões do estado.
Desde 27 de setembro, os temporais provocaram o desalojamento de 1.223 pessoas e deixaram outras 173 desabrigadas, necessitando de abrigos públicos. As mortes ocorreram em cidades como Uberlândia, Ipanema, Maripá de Minas, Coronel Pacheco, Raul Soares, Nepomuceno, Capinópolis e Alterosa.
Em Belo Horizonte, a situação é especialmente preocupante devido ao risco geológico em algumas regiões, com maior gravidade na zona Noroeste e risco moderado nas zonas Oeste e Centro-Sul. A previsão de chuvas persistentes até 10 de janeiro aumenta a apreensão na capital e na região metropolitana.
A Defesa Civil também alerta para pancadas de chuva acompanhadas de raios e ventos que podem atingir velocidades de até 50 km/h. Os acumulados de chuva já ultrapassam 20% do esperado para janeiro em várias regiões da capital, sendo o maior registrado na região Noroeste, com 85,8 mm em apenas quatro dias.
A instabilidade atmosférica é atribuída a uma massa de ar úmido e instável, além do padrão característico da circulação de ventos no verão, conforme explica o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
O Inmet emitiu um alerta laranja para chuvas intensas em Belo Horizonte e outras 307 cidades mineiras, reforçando a necessidade de precaução. A continuidade das chuvas exige atenção redobrada das autoridades e da população, especialmente em áreas de risco, para evitar novos desastres e minimizar os impactos desse período crítico.