Nos últimos dias, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez declarações fortes e anunciou medidas fiscais contra vários países – inclusive alguns aliados de longa data.
Um dos países que sofreu com medidas fiscais impostas por Trump foi a China, com quem o país norte-americano tem alguns acordos comerciais. Em fevereiro, Trump já havia imposto um aumento em 10% sobre as importações chinesas.
Agora, o presidente dos EUA anunciou um novo aumento de 10% que se somam aos 10% de fevereiro. Ou seja, o país norte-americano já aumentou em 20% as taxas impostas sobre produtos chineses.
A China não foi o único país afetado, mas provavelmente foi quem reagiu de forma mais contundente. O país enviou um recado aos EUA, afirmando estar pronto para uma guerra fiscal, ou qualquer “tipo de guerra” que o país norte-americano possa ter em mente.
“Se é guerra o que os EUA querem, seja uma guerra tarifária, uma guerra comercial ou qualquer outro tipo de guerra, estamos prontos para lutar até o fim”, disse o governo através de postagem nas redes sociais.
Ainda nesta quarta, o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, também fez um pronunciamento contundente. O porta-voz afirmou que métodos de intimidação não vão funcionar contra o país asiático, que diz estar pronto para “ir até o fim”.
“A intimidação não nos assusta. O bullying não funciona conosco. Pressionar, coagir ou fazer ameaças não são a maneira correta de lidar com a China”, afirmou Wang Yi.
Em resposta as novas tarifas impostas pelos EUA, a China anunciou que vai parar de importar soja e serragem dos EUA. Além disso, os produtos agrícolas que continuarão sendo importados sofrerão uma taxação extra que vai variar entre 10% e 15%.