Nenhuma mãe deveria passar pela dor de perder um filho, muito menos de forma brutal. O luto de Maria Geralda Tavares Martins, de 43 anos, é indescritível após o desaparecimento e a trágica morte de sua filha, Yara Karolaine Martins Neves, de apenas 10 anos.
O que parecia ser um simples passeio até a casa de uma amiga, localizada a poucos metros de sua residência, se transformou em um pesadelo que abalou toda a cidade de Água Boa, no Vale do Rio Doce (MG).
O corpo da menina foi encontrado no sábado, dia 8 de março, a cerca de 60 km de sua casa, próximo à cachoeira Pele de Gato, em São Pedro do Suaçuí. A Polícia Civil confirmou que a criança foi reconhecida pela família.
O corpo estava dentro de um saco, em estado de decomposição, e foi localizado em um buraco ao lado da cabeceira de uma ponte. Segundo relatos da mãe, Yara desapareceu na terça, dia 4 de março, ao sair para visitar uma amiga.
Testemunhas afirmam que a menina foi abordada por um carro na esquina de sua rua. Desde então, a família iniciou uma busca desesperada, mas a intuição materna já alertava Maria Geralda de que algo terrível havia acontecido. “Na quarta-feira, nada de notícias, e na quinta-feira, também não. Eu já sabia, algo tocou no meu coração e eu sabia que ela já estava morta”, desabafou.
A dor se estende a toda a família, especialmente à irmã de Yara, de 13 anos, que completou aniversário esta semana e esperava ter a irmã de volta como presente.
Agora, a mãe se apega à esperança de que a justiça será feita e que os responsáveis por essa atrocidade serão encontrados. “A ficha ainda não caiu, eu não estou acreditando que minha filha”, disse Maria Geralda
A Polícia Civil segue investigando o caso, buscando pistas que possam levar à identidade dos criminosos. Enquanto isso, a comunidade se une para apoiar a família, em um luto coletivo por uma menina que teve sua vida cruelmente interrompida.