A investigação sobre o assassinato da menina Yara Karolaine Martins Neves, de 10 anos, no Vale do Jequitinhonha, segue em andamento, e novas informações apontam que veículos da prefeitura do município de Água Boa podem ter sido utilizados no crime.
O principal suspeito, um servidor público do município, foi preso no domingo. Valdenilson Pereira da Silva, de 57 anos, trabalhava como motorista da prefeitura e, segundo fontes policiais, teria atraído a criança para um dos automóveis da administração municipal.
No entanto, há indícios de que a menina tenha sido morta dentro da residência do suspeito. A Polícia Civil continua apurando a sequência dos acontecimentos para esclarecer os detalhes do caso.
As investigações indicam que pelo menos dois carros da prefeitura podem ter sido utilizados no crime, já que um deles teria apresentado problemas mecânicos. A polícia busca entender como esses veículos foram empregados no transporte da vítima e na ocultação do corpo.
Yara desapareceu na noite de terça-feira, dia 4 de março, após ser vista entrando em um carro branco. Durante quatro dias, buscas foram realizadas até que, na tarde de sábado, o corpo da menina foi encontrado em uma área rural do município de São Pedro do Suaçuí, a cerca de 55 quilômetros do local onde desapareceu.
O estado avançado de decomposição dificultou a identificação, mas familiares reconheceram as roupas da criança, confirmando que se tratava dela. O corpo foi localizado dentro de uma sacola plástica, jogado em uma vala às margens de uma estrada de terra, o que indica que houve uma tentativa de ocultação.
A perícia trabalha para determinar a causa da morte e se a vítima sofreu outros tipos de violência antes de ser assassinada. Após a prisão do suspeito, a população de Água Boa se revoltou e organizou uma manifestação em frente à delegacia da cidade, exigindo justiça pelo crime brutal.
A comoção gerada pelo caso mobilizou moradores e autoridades, que acompanham de perto o andamento da investigação. Até o momento, a polícia não divulgou detalhes sobre a motivação do crime nem sobre possíveis cúmplices.
O caso levanta questionamentos sobre a segurança infantil e a necessidade de maior vigilância para evitar tragédias como essa. As autoridades seguem apurando todas as informações para responsabilizar os envolvidos e garantir que a justiça seja feita.