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Caso Vitória: O vai e vem das investigações prejudicam a elucidação do crime e deixa família da vítima no escuro

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As trapalhadas da polícia gera insegurança diante de um crime bárbaro que ainda está longe de ser solucionado.

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A trágica morte da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, segue sendo alvo de uma investigação intensa pela Polícia Civil de São Paulo, que ainda tenta esclarecer todos os detalhes do crime ocorrido em Cajamar, na Grande São Paulo.

O corpo da jovem foi encontrado em uma área de mata no dia 5 de março, e embora o principal suspeito, Maicol Antonio Sales dos Santos, de 23 anos, esteja preso desde o dia 8 do mesmo mês, novas informações levantam dúvidas sobre a atuação isolada dele no assassinato.

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Inicialmente, a polícia tratou o caso como crime cometido por uma única pessoa. Maicol chegou a ser apontado como o autor confesso do homicídio, com motivação ligada a uma obsessão pela vítima.

No entanto, a defesa do suspeito contesta essa confissão, alegando que ele foi coagido após ser deixado sozinho na delegacia, onde teria sofrido ameaças envolvendo familiares.

Essas alegações abriram espaço para questionamentos sobre a lisura do depoimento e reforçaram a necessidade de aprofundar a apuração. Um ponto de virada veio com a prorrogação da prisão temporária de Maicol, autorizada pela Justiça por mais 30 dias.

No pedido de renovação, a própria Polícia Civil deixou em aberto a possibilidade de envolvimento de outros indivíduos, o que marca uma mudança no rumo das investigações.

A reconstituição do crime, inicialmente descartada, foi remarcada para o dia 22 de abril, a pedido da família da vítima, que busca esclarecer contradições nas versões apresentadas.

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Além disso, elementos materiais estão sendo analisados. Nove aparelhos celulares foram apreendidos, e os dados estão sendo extraídos por um software de origem israelense, utilizado para identificar eventuais conexões ou mensagens relacionadas ao crime.

Vestígios de sangue encontrados tanto na residência quanto no veículo de Maicol também passam por perícia, cujos laudos são aguardados para embasar conclusões definitivas.

Apesar de dois outros nomes, Daniel Lucas Pereira e Gustavo Vinícius Moraes, terem sido inicialmente investigados e descartados, a nova linha de apuração reabre a possibilidade de cumplicidade ou apoio ao crime.

O pai de Vitória já havia manifestado a crença de que Maicol não teria agido sozinho, e a comoção no enterro da jovem, marcado por pedidos de justiça, ecoa a dor da comunidade diante da brutalidade do ocorrido.

A conclusão do inquérito, inicialmente prevista para abril, dependerá da finalização dos exames periciais e da reconstituição. O caso continua a mobilizar autoridades e familiares, que esperam por uma resposta completa sobre os fatos e os responsáveis pela morte da jovem.

Sobre o Autor

Fabiana Batista Stos

Jornalista digital, com mais de 10 anos de experiência em criação de conteúdo dos mais diversos assuntos. Amo escrever e me dedico ao meu trabalho com muito carinho e determinação.