Casos de violência extrema contra mulheres continuam a gerar grande comoção e a exigir respostas firmes das autoridades no Brasil. Infelizmente, o número de feminicídio do país segue em crescimento.
Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o país registra altos índices de feminicídios e homicídios de mulheres, destacando a necessidade urgente de ações de prevenção, investigação rigorosa e punição efetiva dos responsáveis.
Em Cajamar, a polícia encontrou novos indícios que reforçam a acusação contra Maicol Santos, principal suspeito do assassinato de Vitória Regina Sousa, ocorrido em 27 de fevereiro.
Durante as investigações, vestígios de sangue foram localizados no batente da porta do banheiro da casa do suspeito, sugerindo a possibilidade de contato físico da vítima no local.
Segundo o delegado responsável pelo caso, há indícios de que Vitória teria se apoiado no batente ou que fluidos corporais dela foram depositados ali, apesar de Maicol ter negado, em interrogatório, que a jovem tenha estado em sua residência.
As provas se fortalecem ainda mais com o laudo pericial realizado no veículo utilizado por Maicol na noite do crime. Exames revelaram uma mistura do sangue do suspeito e da vítima no forro do porta-malas e em um dos bancos do Corolla.
A investigação aponta que Vitória foi esfaqueada três vezes enquanto ainda estava viva, com golpes na lateral do pescoço, abaixo da orelha e no tórax, resultando em graves lesões internas e, posteriormente, em uma hemorragia fatal.
Contudo, os peritos concluíram que o óbito de Vitória não ocorreu dentro do automóvel como Maicol havia afirmado. Uma reconstituição do crime está programada para o dia 24 de abril, com o objetivo de esclarecer detalhes ainda pendentes, como a real presença da jovem na casa do acusado.
As autoridades acreditam que Maicol tenha agido sozinho tanto no sequestro quanto no assassinato de Vitória. Em março, ele foi formalmente indiciado pelos crimes de homicídio qualificado, sequestro e ocultação de cadáver.
Segundo os laudos periciais, Vitória Regina foi agredida antes de ser morta, uma indicação de que possivelmente ela foi torturada. O laudo sobre abuso sexual contra a vítima foi inconclusivo devido ao avançado estado de decomposição do corpo quando ele foi localizado.
Laudos apontam que Maicol mentiu sobre a dinâmica do crime; veja:
- Vitória não teria sido morta dentro do carro como o suspeito alegou;
- A jovem foi agredida e há indícios de tortura;
- Sangue e vestígios de DNA de Vitória foram encontrados no banheiro da casa que supostamente serviu de cativeiro da vítima e no carro do suspeito;
- Não é possível afirmar que Vitória não sofreu abuso sexual.
O caso, que ainda está em fase de investigação, reforça a importância de aprimorar os mecanismos de proteção às mulheres e de garantir respostas rápidas e eficazes diante de situações de violência extrema.