A investigação sobre a morte de Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, continua avançando com novos desdobramentos. As autoridades seguem analisando a residência de um dos investigados, que mora ao lado de Maicol Antônio Sales dos Santos, principal suspeito do crime e o único detido até agora.
Os imóveis, separados apenas por uma mureta, tornaram-se um dos pontos centrais da apuração. Com a repercussão do caso, a esposa desse vizinho teria deixado o local, aumentando as especulações sobre o envolvimento de outras pessoas na ocorrência.
Entre os investigados, estão Gustavo Vinícius de Moraes Santos, ex-namorado da vítima, e Daniel Lucas Pereira, de 34 anos, que atua como controlador de acesso e é pai de dois filhos. Daniel se pronunciou sobre o caso, reafirmando sua inocência e relatando ameaças constantes contra ele e sua família.
Afirmou ainda que a situação tem afetado sua mãe, que, segundo ele, tem sido alvo de xingamentos e intimidações frequentes. Apesar da polícia ter solicitado sua prisão, a Justiça negou o pedido por falta de provas concretas que justificassem a detenção.
Ainda assim, sua residência, localizada em Cajamar, na Grande São Paulo, foi alvo de um mandado de busca e apreensão. A mãe de Daniel, Maria Aparecida Lucas Pereira, saiu em defesa do filho, criticando a exposição da família diante da acusação.
Ela mencionou que já teve um relacionamento próximo com os parentes de Vitória, mas que houve um afastamento ao longo dos anos, com um breve contato retomado apenas após o desaparecimento da adolescente, ocorrido em 26 de fevereiro.
Daniel passou a ser investigado depois de ter registrado uma foto do Corolla prata de Maicol no dia em que Vitória desapareceu. O veículo foi visto circulando pela área onde o corpo da jovem foi localizado, o que levantou suspeitas sobre a possível ligação entre ele e o crime.
Ao prestar depoimento, Daniel explicou que tirou a foto ao perceber que o carro poderia estar relacionado ao caso e queria ajudar na busca pela adolescente. A Justiça considerou sua versão plausível, mas sua mãe acredita que essa atitude tenha sido um erro, afirmando que ele não deveria ter se envolvido dessa forma.
Além disso, destacou que a convivência entre Daniel e Maicol nunca foi amistosa, apontando desentendimentos entre os dois em situações anteriores, como em jogos de futebol. A repercussão do caso tem gerado consequências diretas para Daniel e sua família.
Sua casa foi alvo de pichações, e o temor de represálias cresceu. Ainda assim, sua mãe reafirmou que não encobriria qualquer crime cometido pelo filho, deixando claro que, caso houvesse provas contra ele, não hesitaria em entregá-lo à Justiça.
Enquanto isso, a polícia segue reunindo elementos para esclarecer completamente os fatos e identificar todos os responsáveis pelo assassinato da jovem. O caso segue sob investigação.