A investigação sobre o assassinato de Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, em Cajamar, na região metropolitana de São Paulo, aponta para a possível participação de mais de uma pessoa no crime.
A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que uma única pessoa não teria sido capaz de cometer o homicídio sozinha, levantando a suspeita de coautoria no caso. Segundo o diretor da Polícia Civil de São Paulo, Luiz Carlos do Carmo, há indícios de que outras pessoas estiveram envolvidas na ação criminosa.
Entre os suspeitos, o ex-namorado da vítima, Gustavo Vinícius Moraes, é um dos investigados. Inicialmente, ele afirmou à polícia que não mantinha contato com Vitória há quatro meses.
No entanto, as apurações revelaram que a jovem teria ligado para ele no dia em que desapareceu. Além disso, ele foi localizado próximo à residência da vítima na mesma data, apesar de não morar na região, o que levantou suspeitas sobre seu envolvimento.
Apesar disso, sua prisão não foi autorizada pela Justiça por falta de provas concretas. Outro nome sob investigação é Maicol Antônio Sales dos Santos, que já se encontra preso.
Além dele, Daniel Lucas Pereira também está entre os suspeitos, pois teria registrado imagens do trajeto entre o ponto de ônibus onde Vitória desceu até sua casa. Seu celular foi apreendido para análise, mas até o momento, ele não teve prisão decretada.
A motivação do crime ainda não foi determinada. A Polícia Civil concentra seus esforços na coleta de provas que possam esclarecer os detalhes do caso e identificar com precisão os responsáveis.
Apenas após essa fase, os investigadores pretendem aprofundar as análises sobre o que teria levado à morte brutal da adolescente. Durante as investigações, foi descoberto que Vitória foi mantida em um cativeiro por aproximadamente dois dias antes de ser assassinada.
No entanto, a localização exata do local ainda não foi divulgada. O desaparecimento da jovem foi registrado em 27 de fevereiro de 2025, quando seu último contato foi detectado. Seu pai acionou as autoridades ao perceber que a filha não retornava e não podia ser localizada.
Mandados de busca foram cumpridos na cidade de Franco da Rocha com o apoio de equipes especializadas e cães farejadores. Durante as buscas, foram encontradas peças de roupa e fios de cabelo em uma área de mata em Cajamar.
Os materiais coletados serão submetidos a exames periciais para confirmar se pertencem à vítima e se podem contribuir para a identificação dos responsáveis.
As autoridades seguem aprofundando as investigações para esclarecer os detalhes do crime e garantir que todos os envolvidos sejam devidamente responsabilizados. O caso gerou grande comoção e mobilizou esforços policiais para acelerar a elucidação dos fatos.