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Caso Millena Brandão: Mãe da atriz morreu aos 11 anos disse que enfermeira teria feito chacota com filha enquanto a menina gritava de dor

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A família de Millena ainda aguarda um laudo oficial para saber a causa da morte.

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A rotina hospitalar, marcada por desafios constantes, exige rapidez e precisão no diagnóstico, especialmente em casos envolvendo crianças. Quando esses requisitos falham, a dor de famílias se intensifica diante da sensação de negligência.

Foi o que ocorreu com os pais da atriz mirim Millena Brandão, de apenas 11 anos, cuja morte, na última sexta-feira, expôs falhas na condução médica e gerou questionamentos que ainda permanecem sem resposta. Millena começou a apresentar sintomas graves no final de abril, incluindo dores intensas, sonolência e episódios de desmaio.

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Em um intervalo de nove dias, foi levada a três unidades de saúde distintas na cidade de São Paulo. Inicialmente, um diagnóstico precipitado de dengue levou a menina a ser mandada para casa sem exames.

Dias depois, mesmo com agravamento dos sintomas, os testes realizados continuaram inconclusivos. Identificaram uma possível infecção urinária e, apenas em estágio avançado do quadro, surgiu a suspeita de uma massa cerebral.

Ainda segundo a mãe da jovem quando chegaram na UPA Maria Antonieta, a filha estava desmaiada, ela foi carregada pelo pai. Alguns minutos depois Millena recobrou a consciência, contudo, ela gritava de dor com as mãos na cabeça. Após realizar vários exames, a atriz foi medicada com analgésicos de alta potência para tentar amenizar e dor.

Devido as condições de Millena, a equipe médica decidiu por solicitar uma vaga em um hospital da capital paulista. De acordo com Thays, enquanto aguardava a transferência, ainda na UPA, uma enfermeira teria zombado de Millena que gritava de dor: “Falou para ela não gritar que a dor não ia passar”.

A tomografia realizada já tardiamente revelou uma formação de cinco centímetros, cuja natureza – seja tumor, cisto ou coágulo – ainda não foi esclarecida.

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Durante sua internação, Millena sofreu múltiplas paradas cardiorrespiratórias, totalizando treze episódios, sendo que em um único dia, chegou a ter sete.

O estado crítico da criança impossibilitou sua transferência para uma unidade mais especializada, como o Hospital das Clínicas, o que aprofundou a frustração da família. A transferência chegou a ser cogitada, mas foi considerada arriscada diante da instabilidade clínica da menina.

O velório e o enterro da jovem atriz, conhecida por participações em produções do SBT e da Netflix, ocorrerão neste domingo, enquanto a causa de sua morte ainda está sendo investigada por meio de biópsia.

As secretarias municipal e estadual de saúde afirmaram que irão apurar se houve falhas nos atendimentos realizados. O caso levanta um importante alerta sobre a necessidade de mais agilidade nos diagnósticos infantis, bem como estrutura adequada para lidar com quadros neurológicos emergenciais nas unidades de saúde públicas.

Sobre o Autor

Fabiana Batista Stos

Jornalista digital, com mais de 10 anos de experiência em criação de conteúdo dos mais diversos assuntos. Amo escrever e me dedico ao meu trabalho com muito carinho e determinação.