A violência doméstica, infelizmente, ainda faz vítimas em diferentes contextos sociais, e muitas vezes ocorre dentro do próprio ambiente familiar, onde se deveria encontrar proteção.
Casos de feminicídio envolvendo menores de idade e gestantes agravam ainda mais essa realidade, trazendo à tona questões urgentes sobre prevenção e justiça.
No sul do Piauí, uma investigação criminal ganhou um novo desdobramento com a prisão de um homem suspeito de envolvimento em um crime brutal que comoveu a população local.
Na manhã de sexta-feira, 30 de maio, Ramon Silva Gomes foi detido sob suspeita de ter assassinado a adolescente Maria Victória Rodrigues dos Santos, de 15 anos, no município de Itaueira. O crime brutal deixou a população local em choque.
O caso ocorreu em março deste ano, e o suspeito é padrasto da vítima. A prisão foi realizada por volta das 11h30 e o homem foi conduzido à Delegacia Regional de Canto do Buriti.
A motivação do crime e os detalhes da acusação ainda não foram revelados pela Polícia Civil, que mantém sigilo para não comprometer as investigações.
Segundo informações do delegado responsável, dados considerados incontestáveis colocam o investigado na cena do crime no momento em que ele ocorreu, contradizendo a versão apresentada por Ramon, que alegava estar em outra localidade com os pais. Esses elementos levaram à sua prisão provisória enquanto a apuração segue em andamento.
Maria Victória, que estava grávida de cinco meses, foi encontrada morta em sua casa pela mãe, apresentando sinais de violência como perfurações no tórax, hematomas e inchaço no rosto e pescoço.
A jovem havia sido vista pela última vez com vida cerca de uma hora antes do crime, em um momento de ternura com a mãe, quando sentia os movimentos do bebê, que já tinha nome.
A trágica descoberta do corpo, feita pela própria mãe, marcou profundamente a comunidade. A polícia chegou a investigar o ex-namorado da vítima, inicialmente considerado suspeito, mas o descartou posteriormente.
O caso evidencia a complexidade de crimes praticados no seio familiar e a necessidade de mecanismos mais eficientes para proteger vítimas vulneráveis.