O médico Luiz Antônio Garnica está preso sob acusação de planejar o assassinato da esposa, a professora de pilates Larissa Rodrigues, de 37 anos.
O crime, ocorrido em março deste ano, teria contado com a participação da mãe do médico, Elizabete Arrabaça, suspeita de ter executado o envenenamento da nora com a substância conhecida como “chumbinho”.
Segundo a investigação, Garnica teria informado a amante sobre a morte de Larissa quinze minutos antes do óbito ser oficialmente constatado por uma equipe do Samu. Mesmo já ciente da morte da esposa, Garnica teria fingido desespero ao receber os socorristas e chegou a simular manobras de reanimação.
A mãe de Garnica também está presa desde o dia 6 de maio, mesma data da prisão do filho. Elizabete é apontada como a responsável por ministrar o veneno à nora na noite de 21 de março, enquanto o filho estava no cinema com a amante.
Para o Ministério Público, a motivação do crime está ligada a dificuldades financeiras enfrentadas pelos dois. Luiz criou diversos álibis para tentar escapar da responsabilidade. A defesa de ambos os suspeitos nega qualquer envolvimento no assassinato.
A investigação resultou no indiciamento de Luiz e Elizabete por homicídio doloso qualificado por feminicídio e com meio cruel, por causa do uso do chumbinho. A denúncia deve ser formalizada à Justiça nos próximos dias.
Segundo o delegado Fernando Bravo, responsável pelo caso, a morte de Larissa foi planejada. O laudo toxicológico confirmou que ela foi envenenada e o exame necroscópico descartou sinais de agressão física, mas indicou lesões no pulmão e no coração.
O caso ganhou novos contornos quando a irmã de Garnica, Nathalia, de 42 anos, teve sua morte, ocorrida em fevereiro, também atribuída à ingestão da mesma substância.
Na ocasião, a causa foi inicialmente considerada como infarto. Diante da semelhança entre as mortes, o corpo de Nathalia foi exumado, e a perícia confirmou a presença do veneno.
A professora Larissa havia descoberto recentemente uma traição do marido e cogitava se separar. A suspeita é de que o pedido de divórcio tenha sido o estopim para o crime, motivado por interesses financeiros e pessoais. Garnica e Elizabete seguem detidos enquanto as autoridades aprofundam as investigações.