O Brasil acompanha com pesar o desfecho do desaparecimento da jovem Juliana Marins, de 26 anos, cujo corpo foi retirado de uma fenda no Monte Rinjani, na Indonésia, após quatro dias de buscas intensas.
A carioca, que fazia um mochilão pela Ásia, caiu durante uma trilha e infelizmente não resistiu aos ferimentos. O resgate, que durou mais de sete horas, envolveu técnicas de escalada e exigiu o trabalho árduo de voluntários e agentes da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarnas).
Parte da operação foi registrada em vídeo e mostra a equipe içando o corpo de Juliana com cordas, em um esforço visivelmente arriscado e meticuloso. A ausência de helicópteros, por conta do mau tempo, atrasou ainda mais a remoção, gerando indignação por parte de familiares, internautas e autoridades brasileiras.
As imagens, compartilhadas nas redes sociais por um dos montanhistas voluntários, revelam o desafio extremo que a equipe enfrentou para alcançar a vítima, localizada a cerca de 600 metros abaixo da trilha principal.
https://www.instagram.com/reel/DLUsmwDxbnu/
Em Brasília, o resgate também repercutiu fortemente no Senado. O senador Magno Malta se manifestou de maneira contundente, criticando duramente a atuação do governo brasileiro e a lentidão na resposta ao pedido de socorro.
Em discurso no plenário, Malta fez um paralelo entre o caso de Juliana e da ex-primeira dama do Peru que contou com apoio de uma aeronave da FAB. A fala do parlamentar refletiu a indignação em relação ao governo brasileiro em não dar um maior apoio à situação.
https://www.instagram.com/reel/DLTYlKuJNap/
Juliana era formada em Publicidade pela UFRJ, apaixonada por cultura, esportes e viagens. Em seu perfil nas redes sociais, compartilhava momentos de aventura e liberdade — características que agora se misturam ao luto de amigos, parentes e seguidores. O corpo será levado ao hospital Bayangkara, onde passará por exames antes de ser repatriado.
O episódio levantou discussões sobre a estrutura dos parques turísticos indonésios. Segundo dados locais, o Monte Rinjani já foi palco de quase 200 acidentes nos últimos cinco anos, oito deles fatais. O caso de Juliana, além da dor que provoca, reacende um alerta importante sobre segurança e responsabilidade em destinos de turismo ecológico.