O caso de João Miguel, um menino de 10 anos que estava desaparecido desde o final de agosto, teve um desfecho trágico com a descoberta de seu corpo na sexta-feira (13).
Ele foi encontrado em uma área de mata no setor Lúcio Costa, próximo ao viaduto que dá acesso ao Guará I, localizado no Entorno do DF, em uma fossa com 1,5 metro de profundidade.
As circunstâncias de sua morte ainda são obscuras, pois o corpo estava em avançado estado de decomposição. Entretanto, alguns indícios sugerem que João possa ter sido asfixiado, já que foi encontrado com as mãos amarradas e um tecido em volta do pescoço.
“Ele estava com as mãos amarradas e uma veste enrolada no pescoço. Tem muita coisa a ser investigada. Ele sumiu no dia 30 e foi morto nos últimos três dias. Então, a gente tem que verificar onde ele estava nesse lapso temporal”, ressaltou Bruna Eiras, delegada que está à frente das investigações.
As investigações dos agentes da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) indicam que o assassinato ocorreu entre a última terça-feira (10) e a sexta-feira (13), quando o corpo foi localizado.
A PCDF mantém todas as linhas de investigação em aberto, incluindo a possibilidade de um crime motivado por vingança familiar. A falta de câmeras de segurança na região dificulta o esclarecimento dos eventos que levaram à morte do menino.
O fato de o cadáver ter sido encontrado em uma área de difícil acesso sugere que o local foi cuidadosamente escolhido para dificultar a localização da vítima. A polícia ainda busca informações sobre onde João Miguel poderia ter sido mantido durante o período de desaparecimento.
No dia em que desapareceu, João Miguel vestia um short azul estampado, uma camiseta laranja e estava em uma bicicleta pequena de cor azul.
Ele tinha uma cicatriz no lábio superior, característica que poderia ajudar em sua identificação. O último momento em que a família o viu foi por volta das 18h, enquanto brincava.
Vizinhos relataram que ele teria saído de bicicleta para ir ao mercado por volta das 21h. A partir deste momento o garoto não foi mais visto pelos familiares.
Um aspecto inquietante do caso é que, dias após o desaparecimento, a família recebeu uma ligação anônima com uma dica perturbadora: “Podem ir até as bocas de bueiro onde vocês moram que o Miguel vai estar lá dentro.”
Embora não tenha levado diretamente ao local do corpo, a mensagem sugere que alguém tinha conhecimento sobre o que havia acontecido.
A morte de João Miguel levanta questões sérias sobre segurança infantil e a capacidade da comunidade e das autoridades de responder a situações de desaparecimento.
O caso revela não apenas a violência sofrida por crianças, mas também a complexidade das investigações quando há múltiplos potenciais motivos por trás de um crime.
A busca por respostas continua, e a polícia apela à população para fornecer qualquer informação que possa ajudar a esclarecer o ocorrido.