A morte da professora Fernanda Bonin, ocorrida em circunstâncias trágicas no fim de abril, tem revelado uma sequência de eventos marcada por descobertas inquietantes e reviravoltas nas investigações.
O caso, inicialmente tratado como um possível latrocínio, evoluiu para um enredo de crime premeditado, motivado por ciúmes, e culminou com a prisão da ex-companheira da vítima, Fernanda Fazio, na sexta-feira, 9 de maio.
Tudo começou no dia 27 de abril, quando Fernanda Bonin desapareceu após ser vista pela última vez saindo de seu prédio, na Zona Oeste de São Paulo, por volta das 18h50.
As câmeras de segurança registraram a professora entrando no elevador e, em seguida, seu carro, deixando a garagem. Segundo o depoimento inicial de Fernanda Fazio, a vítima teria saído para socorrê-la, alegando problemas mecânicos com o carro. Desde então, Bonin não foi mais vista.
Na manhã seguinte, 28 de abril, o corpo da professora foi localizado em um terreno baldio próximo ao Autódromo de Interlagos. Ela estava deitada de costas, com sinais claros de estrangulamento, incluindo um cadarço envolto em seu pescoço. Uma denúncia anônima levou a Polícia Militar até o local.
No dia 30 de abril, a Polícia Civil alterou a classificação do caso para homicídio, abandonando a hipótese de latrocínio devido ao desaparecimento do celular e do carro da vítima, que ainda não haviam sido recuperados.
Já em 2 de maio, Fernanda Fazio prestou depoimento por cerca de duas horas, contando sua versão dos fatos. No entanto, as investigações tomaram um novo rumo quando, em 6 de maio, imagens obtidas pela TV Globo mostraram um casal abandonando o carro da professora nas proximidades do local onde o corpo foi encontrado.
A dupla observava os arredores antes de se afastar do veículo. Com base nessas imagens e em uma impressão digital encontrada no carro, a Polícia Civil solicitou a prisão temporária de um dos envolvidos.
No dia seguinte, 7 de maio, a Justiça autorizou a prisão do homem identificado nas imagens. Ele foi detido e confirmou que havia deixado o carro no local, mas negou envolvimento no assassinato.
No dia 9 de maio, as investigações alcançaram um ponto crucial: o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) concluiu que o crime havia sido encomendado por Fernanda Fazio, ex-companheira de Bonin, supostamente motivada por ciúmes.
No mesmo dia, Fazio apresentou-se às autoridades e foi presa. A Secretaria da Segurança Pública confirmou sua detenção e informou que diligências seguem em andamento para concluir o inquérito.
Além da ex-companheira, foram solicitadas as prisões de outros dois suspeitos de participação direta na execução do crime: Ivo Resende dos Santos e Rosemberg Joaquim de Santana. João Paulo Bourwuin, preso no dia 7, também é investigado, embora tenha negado envolvimento direto no homicídio.
A investigação ainda apura detalhes sobre como a professora foi levada até o local do assassinato e os métodos utilizados pelos executores. A hipótese principal é de que Fernanda Bonin tenha sido asfixiada, conforme indicam os exames preliminares realizados pela Polícia Técnico-Científica.
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A cronologia dos eventos, aliada às provas materiais e aos depoimentos coletados, têm sido fundamentais para o avanço da apuração e responsabilização dos envolvidos.