As autoridades do Rio Grande do Sul estão analisando amostras de alimentos que foram entregues no hospital em que Zeli dos Anjos, envolvida no caso do bolo envenenando que deixou quatro pessoas da mesma família mortas, estava internada.
A sobremesa foi consumida durante o Natal e se tratava de uma tradição familiar. Enquanto esteve na unidade de saúde, Deise Moura dos Anjos, sua nora, enviou o alimento. Ela é apontada como a principal suspeita do caso.
A coleta de materiais começou enquanto as vítimas se encontravam hospitalizadas em Torres, no Rio Grande do Sul. Para isso, foram recolhidas amostras de urinas, resíduos estomacais e pedaços de bolo consumidos pelos familiares.
O resultado das análises demonstrou uma grande quantidade de arsênio, que é altamente tóxico para o corpo humano e, devido a alta quantia, não pode ser atribuída a contaminações ambientais comuns.
“A presença de arsênio em níveis tão elevados no sangue, urina e conteúdo estomacal das vítimas é incompatível com uma intoxicação acidental. Trata-se, sem dúvida, de um caso de envenenamento”, declarou a perita criminal responsável pelo caso.
A investigação coletou 89 amostras da residência de Zeli, que reforçam as suspeitas contra Deise Moura. A acusada foi presa recentemente e responderá pelos assassinatos de três familiares que consumiram o bolo, além da morte do marido de Zeli, Paulo Luiz dos Anjos.
Durante a internação de Zeli, Deise tentou entregar alimentos, incluindo um suco que acabou descartado por familiares que desconfiaram da ação. Resíduos das embalagens foram enviados para análise, mas, como o líquido foi jogado fora, o resultado pode não ser conclusivo.
A polícia espera divulgar os resultados finais nos próximos dias. Enquanto isso, Zeli recebeu alta na última sexta-feira, dia 10 de janeiro, mas o caso segue mobilizando as autoridades e gerando comoção na comunidade local.
